Senadores lamentam morte do jornalista Jorge Bastos Moreno

Da Redação | 14/06/2017, 13h06

A morte do jornalista Jorge Bastos Moreno sensibilizou os senadores. Durante a sessão do Plenário desta quarta-feira (14), vários parlamentares manifestaram pesar pela perda.

Lembraram a trajetória profissional de Moreno e disseram que ele era uma figura histórica do jornalismo brasileiro, verdadeira testemunha e porta voz de grandes acontecimentos da política nacional nas últimas décadas e exemplo de ética. Votos de pesar foram apresentados por representantes de partidos de todos os espectros políticos.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, frisou a “aguda independência” de Moreno, que produzia informação picante, mas também cheia de lições de conduta política e ética, que tanto estimularam outros jovens repórteres pelo país.

- O jornalismo fica mais pobre, mais triste e menos doce sem o olhar de Jorge Bastos Moreno, que deixou para todos nós uma obra inestimável do ponto de vista de comportamento, critica, decência e jornalismo verdadeiro - avaliou.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos autores de voto de pesar, observou que o colunista conseguia conviver com políticos de todos os partidos, artistas e intelectuais, sempre de forma agregadora.

- O Brasil perdeu um bastião não somente do jornalismo, do jornalismo ético, honesto e decente, mas também um bastião da democracia – disse.

Ronaldo Caiado (DEM-GO) mencionou o quanto o texto do jornalista era leve e fugia à regra da formalidade. Disse que Moreno era irreverente e hábil em sua capacidade de aglutinar, mas impondo ideias e sugestões para a solução de crises.

- Moreno foi um jornalista que, na verdade, agia também como um político no exercício de orientar ou de debelar os momentos mais delicados da política nacional – opinou.

Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (DEM-RN) lembraram o olhar privilegiado e de testemunho do jornalista aos acontecimentos relevantes da política dos últimos anos, além de seu papel atuante, ao lado de Ulysses Guimarães, na luta para o estabelecimento das eleições presidenciais diretas. Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) frisou  a enorme lacuna que o jornalista deixará na cobertura da vida política brasileira:

- Sua marca ficará para sempre.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)