Cristovam: Brasil precisa se libertar de amarras que impedem o desenvolvimento

Da Redação e Da Rádio Senado | 10/05/2017, 16h58

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou que o Brasil precisa se libertar de amarras que impedem o seu desenvolvimento. Segundo ele, o primeiro desafio a vencer é a falta de educação dos brasileiros em um mundo onde predominam a ciência e a tecnologia.

Cristovam Buarque disse ainda que o Brasil precisa se livrar dos custos do passado e uma das formas é a reforma da Previdência. O problema, segundo o senador, é que a reforma demorou muito tempo para ser feita.

O senador também defendeu a manutenção de programas como Bolsa-Família que, em sua opinião, devem continuar enquanto forem necessários porque o país errou ao não acabar com a pobreza no passado.

Para Cristovam, o país também precisa vencer a quantidade ilimitada de leis que impedem as coisas de funcionar. De acordo com ele, a reforma trabalhista tenta simplificar as relações entre capital e trabalho. É necessário, segundo o senador, tomar cuidados para evitar a escravidão, e exploração e outros abusos, mas a reforma precisa acontecer.

- Trabalhador tem que ter direito, não apenas a férias, mas à licença para formação, para estudo, para aprimoramento, para reciclagem, e eu vou apresentar uma emenda nesse sentido. Isso é adaptar as leis trabalhistas aos tempos de hoje, em que um trabalhador não fica para sempre na mesma profissão; as profissões mudam, nascem, ficam obsoletas, e os trabalhadores têm que se reciclar - disse o senador.

As últimas amarras que impedem o Brasil de melhorar, segundo Cristovam Buarque, são a corrupção e o que ele chamou de “deseconomia”. Para o senador, a corrupção, além de desperdiçar recursos públicos em propinas e obras superfaturadas, é um exemplo para os brasileiros comuns de que eles também estariam livres para cometer pequenos roubos.

Já a chamada “deseconomia” se refere à contraprodução das grandes cidades, onde se gasta duas horas no transporte para chegar ao trabalho e se faz necessária uma grande estrutura de segurança pública para evitar perdas. Segundo ele, esses fatores não ajudam a gerar riqueza e nem transformam o cidadão em um agente produtivo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)