Paim faz balanço de seu trabalho na presidência da CDH

O senador Paulo Paim (PT-RS) fez nesta segunda-feira (6) um balanço dos trabalhos da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que presidiu no último biênio. Nesse período, afirmou, foram mais de 350 audiências públicas para discutir assuntos como as reformas da Previdência e trabalhista, a terceirização de mão de obra, o trabalho escravo, o trabalho intermitente, a discriminação e a violência contra a mulher.

Paim destacou que as reuniões contaram com a participação de internautas, por meio de perguntas e comentários. Para o senador, foi possível abrir espaço para que todos pudessem manifestar suas opiniões sobre essas questões, seja favoravelmente ou contrariamente.

— Esses temas tão delicados afetam e afetarão a vida de todos os brasileiros e, por isso, precisávamos ouvir como ouvimos toda a sociedade. Não se faz política para os próprios parlamentares. Uma PEC ou um projeto que afetará a vida da população não pode ter uma imposição de dentro para fora, mas sim que a força das ruas se ouça aqui dentro.

Desumanização da política

Paim se disse preocupado com a desumanização da política, que se manifesta pela violência e pelo ódio de militantes das mais diversas correntes ideológicas. Segundo ele, não há mais "adversários", mas "inimigos". E esse conflito acaba se refletindo na atuação dos Poderes da República, fazendo com que o Judiciário tenha de se manifestar ao final, para pacificar esse cenário.

Outra consequência desse fenômeno, acrescentou, seria a quantidade de projetos que retiram direitos sociais duramente conquistados, como, a seu ver, as reformas previdenciária e trabalhista.

— Toda e qualquer proposta que vier na linha de retirar direitos daqueles que sonham com a sua aposentadoria, ou quem já está aposentado ou dos trabalhadores, claro que nós faremos aqui o bom combate. Entendo eu que a pressão popular vai ajudar a encontrarmos o caminho.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)