Para senadores, Edson Fachin é a melhor escolha para a Lava Jato

Da Redação | 02/02/2017, 19h03

A escolha do ministro Edson Fachin para assumir a relatoria da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) repercutiu entre os senadores que participaram da sessão de abertura dos trabalhos do Congresso Nacional, nesta quinta-feira (2).

Fachin foi escolhido por sorteio eletrônico entre os membros da primeira turma do STF para substituir o ministro Teori Zavascki, falecido no último dia 19, na tarefa de relatar os processos da Lava Jato que chegarem ao tribunal. Também participaram do sorteio os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

Para o líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Fachin é a garantia de que a Lava Jato terá continuidade no STF sem sobressaltos.

— É um perfil que se assemelha muito àquele do ministro Teori Zavascki. Se não fosse sorteio ele seria indicado por unanimidade, dado o perfil técnico, a tranquilidade com que se conduz, a segurança nos seus votos.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) lembrou que Fachin conversou com vários senadores por iniciativa própria na época de sua indicação para o tribunal, entre abril e maio de 2015. Moka afirmou ter tido “a melhor impressão” do então candidato à vaga no STF.

— Tenho a melhor expectativa dele como relator do processo. É um homem sério e íntegro e um juiz isento. Penso que ele fará um bom trabalho, que possa colocar o país num outro nível de transparência.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse ter certeza que Fachin agirá com independência na tarefa, e pediu que o ministro inaugure sua atuação com a quebra de qualquer sigilo sobre os processos da investigação.

— Dentre os apresentáveis, era o melhor nome possível. Espero que quebre o sigilo das investigações, uma medida que interessa a todo Brasil visto que esta é uma investigação fundamental para a história nacional.

Luiz Edson Fachin tomou posse como ministro do Supremo Tribunal Federal em junho de 2015, sendo o integrante mais novo da Corte. Natural do Rio Grande do Sul, ele é advogado e professor de Direito Civil e fez carreira profissional no Paraná, tendo se destacado como jurista e acadêmico.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)