Eunício conduzirá reformas de maneira equilibrada, dizem senadores

Da Redação | 01/02/2017, 21h13

Com a eleição de Eunício Oliveira para a Presidência do Senado, vários senadores se disseram confiantes na condução equilibrada de uma pauta que englobará, entre outros temas, as reformas trabalhista, tributária e da Previdência.

O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) afirmou que espera que o Congresso tenha a maturidade de entregar reformas que tragam as condições necessárias para que o Brasil volte a gerar emprego, renda, desenvolvimento e crescimento econômico.

— O Brasil está com mais de 12 milhões de desempregados e precisamos de respostas que possam assegurar que tenhamos novas oportunidades para o brasileiro. O Eunício enfrentará grandes desafios, mas estamos confiantes na condução dele como presidente — disse.

Raimundo Lira (PMDB-PB) ressaltou que a expectativa é de que todas essas reformas sejam discutidas da forma mais ampla, ouvindo todos os setores interessados. Segundo ele, o país não conseguirá sair da crise econômica de forma definitiva sem a realização dessas mudanças.

O senador avalia que o presidente Eunício Oliveira manterá “o máximo de unidade de entendimento e bom relacionamento” entre os três Poderes da República.

O senador Paulo Rocha (PT-PA) disse que cobrará um processo legislativo discutido à exaustão. De acordo com Paulo Rocha, mudanças que impactam diretamente a vida do cidadão, como a reforma da Previdência, não podem ser feitas por meio de uma maioria eventual, mas sim por meio de um processo democrático.

— A oposição tentará sempre dialogar com setores da sociedade interessados nas mudanças. Tem que ser um processo democrático, parlamentar, demorado, para, ao final, se constituir o melhor o país — disse.

Tranquilidade

O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) ressaltou que economia e política estão ligadas diretamente, por isso é necessário que o Congresso tenha tranquilidade para fazer leis importantes que defendam a volta do emprego. Segundo o senador, além das reformas previdenciária e trabalhista, a sociedade também aguarda uma reforma política para dar uma alternativa de sobrevivência aos partidos e para que não haja mistura de interesses privados com os públicos.

— A gente tem de dar uma resposta à sociedade, a sociedade aguarda isso do Senado e da Câmara. Tenho certeza de que reformas importantes virão: reforma previdenciária, a reforma trabalhista, até mesmo melhorar a reforma política.

"Agenda nacional"

Eleito para ocupar o cargo da primeira vice-presidência do Senado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) reafirmou o "compromisso com uma agenda nacional para tirar o Brasil da crise". Segundo ele, a Mesa do Senado trabalhará em sintonia com a necessidade de retomar o crescimento econômico. Cássio Cunha Lima destacou que a reforma da Previdência será o principal tema dos debates nas próximas semanas no Congresso Nacional

— O sofrimento das pessoas aumenta a cada dia e a nossa responsabilidade neste instante é contribuir para tentar tirar o país da crise e, naturalmente, virar essa página.

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) ressaltou que o Brasil tem a expectativa de sair deste "momento de caos". Para ele, é hora de os parlamentares mostrarem a capacidade do Senado e da Câmara de pautar temas relevantes e responder à sociedade sobre "o clima de desemprego e desesperança que assola o Brasil".

— É muito grande a responsabilidade dos que vão assumir as presidências da Câmara e do Senado, com o interesse de lutar pela sociedade e não por interesses partidários ou de ordem pessoal — destacou.

Mesmo tendo apoiado a candidatura de José Medeiros (PSD-MT), o senador Lasier Martins (PDT-RS) disse esperar que o Senado seja mais eficiente em 2017. Ele reconheceu a necessidade de reformas, mas ponderou que precisam ser examinadas com calma.

Prioridade

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Romero Jucá (PMDB-RR) ressaltou que o Legislativo terá uma pauta repleta de questões importantes, com foco na economia. Segundo ele, o ajuste, o controle de gastos, a modernização do gasto, além de melhorias na educação e saúde, são temas que devem ser considerados prioritários em 2017.

— Nós iremos apresentar, a partir da próxima semana, junto com o presidente da República, uma pauta prioritária do governo. Teremos um ano repleto de votações para serem feitas com certa urgência, como é o caso da reforma da Previdência.

O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) ressaltou que, em 2017, a prioridade do Senado deve ser legislar mais. O senador acredita que a Casa está ficando a reboque de decisões de outros poderes.

— Ele [o Senado] tem um protagonismo assegurado que precisa fazer valer no enfrentamento da crise oferecendo sugestões, sobretudo, para a crise econômica do país – disse.

"Agenda Brasil"

O senador Otto Alencar (PSD-BA) defendeu a continuidade da Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, que, no ano de 2016, deu sequência à análise de um conjunto de propostas listadas pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros, para retomar o crescimento da economia — a chamada Agenda Brasil.

Otto observou que a comissão aprovou vários projetos importantes, como o que trata da repatriação, o que modifica a Lei das Licitações, o novo marco regulatório das agências nacionais e a Lei de Responsabilidade das Estatais.

— Foram várias matérias apreciadas e o fluxo delas foi mais rápido do que se tivessem que passar por duas ou três comissões — argumentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)