Renan diz que a PEC dos Gastos Públicos deve ser promulgada no dia 15

Da Redação | 08/12/2016, 14h57

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que será possível votar no dia 13 e promulgar no dia 15 de dezembro a PEC 55/2016, que estabelece limite para os gastos públicos nos próximos 20 anos. Ao deixar o Plenário no início da tarde desta quinta-feira (8), o parlamentar lembrou que no primeiro turno a proposta obteve "a maioria consagradora de 61 votos".

— Estamos a cinco dias úteis do fim dos trabalhos legislativos e vamos trabalhar para que essa pauta seja levada a termo. Vamos votar em 13 de dezembro e promulgar esta e outras PECs, se for o caso, no dia 15. As circunstâncias políticas é que vão dizer o que vamos poder entregar a sociedade. Vou me esforçar para que todos os itens sejam apreciados — disse Renan Calheiros, para quem haverá recesso parlamentar normalmente em dezembro e a retomada das atividades em primeiro de fevereiro.

Abuso de autoridade

Ao ser perguntado sobre o PLS 280/2016, que trata do abuso de autoridade, Renan Calheiros lembrou que qualquer decisão sobre urgência de algum projeto tem que partir do Plenário, não do presidente, que tem apenas a função de pautar.

O projeto estava na ordem do dia da última terça-feira (6), mas acabou não sendo analisado devido ao cancelamento da sessão. O texto tramita em regime de urgência.

— Não conversei com nenhum líder sobre isso. Essa e qualquer outra matéria, para que não seja cumprida a urgência, é preciso que o Plenário a desfaça. Não há outra forma. Quem define a urgência não é o presidente, mas o Plenário — afirmou.

Se o pedido de urgência for quebrado, o PLS 280/2016 vai para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Decisão do Supremo

Indagado pelos jornalistas sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal que o manteve na presidência do Senado, Renan disse que decisão do STF é para ser cumprida:

— A decisão do Supremo fala por si... Não dá para comentar decisão judicial. Decisão judicial do Supremo Tribunal Federal é para se cumprir.

Ação penal

O presidente do Senado se defendeu das acusações de que teria se beneficiado do cargo para atender interesses particulares.

— Diziam que pratiquei crimes de documentos falsos e recebimento de dinheiro de empreiteira. O que sobrou? Sobrou um suposto crime de peculato porque contratamos na verba indenizatória uma locadora e a paguei em dinheiro. Isso não é crime. Isso não vai sobreviver, da mesma forma que a primeira denúncia da Lava Jato contra mim, a partir da delação do Paulo Roberto Costa, já foi arquivada — afirmou.

Renan Calheiros voltou a dizer que é inocente e que colabora com as investigações.

— Uma a uma essas acusações vão ruir todas porque sou inocente, estou colaborando e vou colaborara. Já fui quatro vezes depor na Polícia Federal e irei quantas vezes for necessário para que tudo se esclareça — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)