Ao abrir 'Congresso do Futuro', Wellington ressalta importância do planejamento

Da Redação | 08/12/2016, 10h37

Para evitar novas crises, o Brasil precisa restabelecer “a cultura do planejamento e da gestão responsável”, disse o senador Wellington Fagundes (PR-MT), ao abrir, nesta quinta-feira (9), o seminário Congresso do Futuro, no Plenário do Senado. Durante o evento, que prossegue por dois dias, representantes do meio acadêmico e do setor empresarial discutirão com os senadores temas como o desenvolvimento sustentável, a alimentação no futuro, educação e inovação e democracia representativa no mundo digital.

— Nós nos inspiramos em exemplo do Congresso do Chile, que realiza anualmente evento semelhante. Queremos um espaço para debater os grandes temas do futuro — afirmou Wellington Fagundes, presidente da Comissão Senado do Futuro, informando que pretende tornar o debate anual.

Presente à abertura, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilberto Kassab, ressaltou a importância para o Estado brasileiro dos debates promovidos pelo Senado a respeito do futuro do país.

— Essa primeira edição nos enche de confiança no futuro. O Congresso pode melhorar o planejamento no mundo digital e globalizado, que envolve investimentos em empreendedorismo, pesquisa e ciência.

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou que os empresários brasileiros têm “obsessão pela geração de empregos”, pois somente dessa forma se poderá criar renda e consumo, alimentando o crescimento da indústria e promovendo novos investimentos. Para que isso seja possível, ele ressaltou a necessidade de preservar o meio ambiente e de se promover a flexibilização das relações de trabalho.

— Temos conhecimento de estudos segundo os quais em 25 anos 60% dos empregos a serem gerados não são ainda conhecidos. As pessoas poderão muitas vezes trabalhar em casa, inclusive as mulheres que têm suas responsabilidades com filhos e família — observou.

O vice-presidente da comissão, senador Cristovam Buarque (PPS-DF), elogiou Wellington Fagundes por promover o encontro mesmo em momento de instabilidade política.

— Estamos naufragando no presente e vamos fazer um evento para pensar no futuro. Isso é uma ousadia. Hoje é preciso imaginar o futuro que queremos, pois existem muitos futuros alternativos, diferentes — disse Cristovam.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)