Senado economiza e protege o meio ambiente com adoção de impressão digital

Da Redação | 05/12/2016, 10h23

A Gráfica do Senado inaugurou na semana passada a última das cinco impressoras digitais que trarão para a Casa ganhos não apenas financeiros, mas também ambientais, de processo, de logística e de tempo. Segundo a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, o modelo de impressão adotado com os novos equipamentos “cai perfeitamente com o que o presidente [da Casa, Renan Calheiros,] fala de economia e eficiência”.

— Tudo aquilo que ele pensou, querendo fazer um Senado melhor, que gaste melhor os recursos públicos, que atenda melhor aos anseios da sociedade, esse projeto [de impressão digital] representa. Ele é bom para o ambiente, bom para o ser humano, bom para a economia, bom para os senadores, bom para a Casa — disse.

A decisão de adotar os novos equipamentos é também ética, ressalta Ilana, ao se preocupar com os funcionários e com o meio ambiente: a tinta utilizada é à base de água e não se usa solvente. A consequência é um ambiente livre do cheiro de produto químico. A impressão digital tem ainda a vantagem de não passar pelo processo de secagem. E há maior rapidez na produção do trabalho, além da possibilidade de imprimir poucos exemplares a um custo menor.

De acordo com o diretor da Gráfica, Florian Madruga, as novas máquinas, que começaram a chegar dois meses atrás, estão sendo utilizadas para imprimir praticamente todas as publicações, como a ordem e os diários do Senado, do Congresso e da Câmara dos Deputados, separatas e cartões de visita, inclusive em pequenas quantidades. São dois tipos de máquinas, um para papel em bobina e outro para folhas avulsas.

Como são equipamentos alugados, são de responsabilidade das empresas todos os custos industriais, como depreciação do equipamento, serviço de manutenção, compra e importação de peças, tintas e operadores que poderão trabalhar entre as 7h e a meia-noite e meia, diz Florian Madruga. Os contratos preveem que o Senado pague por página impressa.

Offset

O diretor-adjunto da Gráfica, Fabrício Ferrão Araújo, explica quando vale a pena utilizar os equipamentos antigos, de impressão offset.

— O valor da produção depende de inúmeros fatores: tiragem, quantidade de páginas, número de cores, formato, tipo do papel. O ponto de equilíbrio entre a produção offset e a produção digital é peculiar de cada trabalho a ser executado. O desafio é fazer com que a produção seja, em sua grande maioria, mais vantajosa no sistema digital. É também fazer com que o custo total da produção seja menor na produção digital. Com esses novos contratos, a grande maioria das ordens de serviço poderá ser realizada no sistema de impressão digital, havendo ganho monetário — afirma Fabrício.

O diretor-adjunto acrescenta que esse cálculo é do “ganho bruto econômico”. Se forem avaliadas todas as vantagens, como o ambiental, de facilidade logística, de velocidade de entrega, diz, “essa conta pende bem para a digital”. Não quer dizer que o Senado pode prescindir dos equipamentos offset, também pelo custo da impressão colorida. Já a impressão em preto e branco é comprovadamente vantajosa na digital, segundo Fabrício.

Ilana Trombka destaca também o ganho que o Senado deve ter com espaço ao adquirir os novos equipamentos, já que as máquinas anteriores são maiores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)