Criação de centros de combate ao diabetes recebe apoio de senadores da CAS

Da Redação | 30/11/2016, 13h52

A criação de centros de referência para prevenção e combate ao diabetes recebeu nesta quarta-feira (30) apoio de senadores que integram a Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Eles encamparam a proposta apresentada por especialistas na doença e prometeram trabalhar em conjunto na elaboração de um projeto de lei com esse objetivo.

A comissão realizou audiência pública sobre o tema. Médicos de diversas especialidades alertaram para a gravidade da situação do diabetes no país. Se não tratado, o distúrbio caracterizado pelo aumento da glicose no sangue pode causar insuficiência renal, amputação de membros, cegueira e doenças cardiovasculares.

— Vamos transformar a proposta de criação dos centros de referência em um projeto de lei da comissão e vamos buscar avançar no rito de urgência e negociar com o presidente Temer uma sanção rápida — disse o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

Os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), presidente da CAS, e Waldemir Moka (PMDB-MS) também manifestaram apoio à proposta, que pretende garantir mais recursos para a capacitação de profissionais e ações de prevenção contra a doença.

— É um dia histórico que pode mudar a vida de pessoas que padecem dessa doença — comemorou Marcos Pereira de Ávila, representante do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o total de casos de diabetes é hoje quatro vezes maior do que em 1980, passando de 108 milhões para 422 milhões em 2014. No Brasil, são 14 milhões e, destes, quase metade — cerca de seis milhões — desconhece que possui a doença. Segundo especialistas na área, o crescimento do número de casos de diabetes tem relação com o aumento da obesidade e sobrepeso na sociedade. Alimentação saudável e atividade física regular diminuem as chances de ter diabetes.

— O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de despesa com diabetes. Isso corresponde a 22 bilhões de dólares por ano. Em 2040, nós vamos passar do quinto lugar para o terceiro e com um gasto provável de 36 bilhões de dólares. É muito dinheiro, que deve ser revertido para a prevenção — defende a médica endocrinologista Hermelinda Cordeiro Pedrosa, representante da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)