Planos de saneamento deverão priorizar áreas com escolas e hospitais

Da Redação | 27/09/2016, 18h29

Escola em que não chega água tratada e hospitais com precários serviços de saneamento básico: são situações que podem parecer absurdas, mas integram a realidade no Brasil. Um estudo do Movimento Todos Pela Educação, divulgado em 2004, mostrou que 38% das escolas não tinham abastecimento público de água. Notícia de maio deste ano, publicada no portal Saneamento Básico, também mostrou irregularidades no armazenamento de resíduos sólidos em hospitais de Aracaju (SE).

Um projeto a ser analisado na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) indica que os planos de saneamento básico deverão dar prioridade às áreas onde há estabelecimentos de ensino e de saúde. O PLS 87/2016 foi apresentado pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB).

Entre os dados apresentados para justificar a iniciativa da proposta, estão os do Censo Escolar de 2009, segundo o qual, 12 mil escolas não têm esgotamento sanitário. Além disso, em quase 20 mil escolas, a água consumida pelos alunos não é filtrada e em 800 não há sequer redes de abastecimento.

— Ainda mais grave é o fato de pesquisas comprovarem que sete crianças morrem todos os dias no Brasil por falta de saneamento. São cerca de 2.500 crianças mortas todos os anos por negligência dos governos que não priorizam a agenda do saneamento básico — salientou Lira.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)