Senado agraciará cinco pessoas com a Comenda Dorina Nowill

Da Redação | 20/09/2016, 17h21

O Senado homenageará personalidades que contribuíram de maneira relevante na defesa das pessoas com deficiência no Brasil, com a entrega da Comenda Dorina Nowill, nesta quarta-feira (21), às 11h. A segunda edição do prêmio ocorrerá durante a sessão especial destinada à comemoração do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. O requerimento para a realização da sessão especial e a entrega da comenda é da senadora Lídice da Mata (PSB-BA).

Os cinco agraciados deste ano são Fernando Antônio Pereira Gomide, Flavio José Arns, Helena Werneck, Lucia Willadino Braga e Aloysio Campos da Paz Júnior, que será homenageado in memoriam.

Servidor do Senado Federal desde 1985, Fernando Gomide é presidente da Associação Brasiliense de Amparo ao Fibrocístico. Já Flavio Arns foi senador (2003-2011) e deputado federal (1990–1998), presidente da Federação Nacional das Apaes e presidente da Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais. Helena Werneck é responsável pela criação da ONG Meta Social, que desenvolve ações junto à mídia para divulgar e promover inclusão social.

Esta edição presta homenagem a duas pessoas ligadas à Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. Uma ao seu fundador, Aloysio Campos da Paz (1936-2016), in memoriam, e outra a Lúcia Willadino Braga, cientista e neuropsicóloga, presidente e diretora-executiva da Rede Sarah. Seu trabalho tornou-se referência mundial ao reabilitar, por meio da música, crianças com danos cerebrais. Lúcia Braga também foi pioneira no envolvimento da família no processo de reabilitação.

A Comenda

Criada em 2013, a comenda é concedida pelo Senado a personalidades que tenham oferecido contribuição relevante à defesa das pessoas com deficiência no Brasil. A primeira entrega da honraria só ocorreu em 2015.
As primeiras homenageadas foram Aracy Lêdo, Maria Luiza Câmera, Rosinha da Adefal, Mara Gabrilli, Loni Mânica e Solange Calmon. Além de uma homenagem in memoriam à própria Dorina, criadora de uma fundação que leva seu nome e auxilia deficientes visuais, com serviços de reabilitação e edição de livros em braile.

Dorina Nowill

A educadora Dorina de Gouvêa Nowill (1919-2010), nascida em São Paulo, perdeu a visão aos 17 anos. Mesmo cega, estudou em uma escola normal regular e tornou-se professora primária. Criou a Fundação Dorina Nowill, uma entidade voltada para auxílio aos deficientes visuais e reconhecida pela qualidade de seus livros acessíveis e serviços de reabilitação.
Em 1948, trouxe para o país um maquinário completo para impressão em braile, e hoje sua fundação conta com a maior imprensa braile da América Latina. Durante sua carreira acadêmica, especializou-se em educação de cegos na Escola de Pedagogia, em Nova York. Foi presidente do então Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos, hoje União Mundial dos Cegos. Morreu aos 91 anos idade.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)