Juscelino Kubitschek e Ayrton Senna podem ser inscritos no Livro Heróis da Pátria

Da Redação | 09/09/2016, 11h26

O Livro dos Heróis da Pátria poderá ganhar duas novas personagens. Tramitam no Senado dois projetos de lei que propõem a inclusão dos nomes de Juscelino Kubitschek e de Ayrton Senna no livro de aço que reúne personalidades que tiveram papel importante na história do Brasil, como Getúlio Vargas, dom Pedro I, Tiradentes, Santos Dumont, Zumbi, Anita Garibaldi, Chico Mendes e Heitor Villa-Lobos. A obra está depositada no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

As proposições estão prontas para inclusão na pauta da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e serão votadas em decisão terminativa. Se aprovadas e não houver recursos para que sejam votadas pelo Plenário do Senado, poderão seguir para análise da Câmara dos Deputados.

A Lei 13.229, de dezembro de 2015 alterou as regras de inscrição dos heróis no livro, reduzindo de 50 anos para dez anos o tempo de espera para homenagem a alguma personalidade após a sua morte. A mesma norma inseriu o nome do ex-deputado e ex-governador Leonel Brizola, morto em 2004, no Livro Heróis da Pátria. Essa foi a última inscrição na obra.

Nova capital e industrialização

Apresentado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 29/2016 inscreve no livro o nome do ex-presidente e fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek. Para Anastasia, JK teve inegável mérito no desenvolvimento do país, principalmente por suas realizações como presidente da República, com destaque para a construção da nova capital e o impulso decidido à industrialização nacional.

Relator da matéria na comissão, o senador Paulo Paim (PT-RS) é favorável à iniciativa. Ele considera que JK é "indiscutivelmente, uma das maiores figuras políticas da história do país". O político mineiro tornou-se, na avaliação do senador, uma unanimidade nacional, “quer por sua magnitude de realizações político-administrativas e econômicas, quer por suas qualidades pessoais, envolvidas por inegável carisma”.

— Ele foi capaz de cumprir grande parte de seu ambicioso plano de metas, que se pode resumir no arrojado impulso à industrialização do país e na chamada meta-síntese, a construção de Brasília — destacou Paim.

O ex-presidente morreu em 1976, em um acidente de carro.

Ídolo nacional

Já o Projeto de Lei do Senado (PLS) 31/2016, do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), inscreve o nome de Ayrton Senna da Silva no Livro dos Heróis da Pátria. Na defesa da proposta, o senador explica que o piloto se destacou não apenas em sua carreira desportiva, mas também pelas ações de generosidade e altruísmo.

Ayrton Senna foi o maior ídolo do automobilismo brasileiro e um dos mais influentes e bem-sucedidos pilotos de Fórmula 1. Morreu em 1994, em um trágico acidente durante o Grande Prêmio de San Marino (Itália). O atleta criou o Instituto Ayrton Senna, um projeto social em prol de crianças e adolescentes, que oferece anualmente treinamento a mais de 70 mil educadores, em benefício de 2 milhões de crianças e adolescentes nas 27 unidades da Federação.

A proposta recebeu relatório favorável do senador Lasier Martins (PDT-RS).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)