Para Cristovam, votar contra impeachment seria perdoar erros do governo Dilma

Da Redação | 31/08/2016, 01h29

O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) lamentou que os alertas que fez, ainda no início do segundo mandato de Dilma Rousseff, tenham sido em vão. Ele lembrou ter promovido audiências sobre a manipulação de dados contábeis e até proposto pactos e alianças para fortalecer o governo.

Segundo Cristovam, o governo deu argumentos para que, agora, tome-se uma decisão dentro da lei, sem qualquer cerceamento de defesa. Ele ressaltou que não seria possível votar pelo impeachment se não houvesse ilegalidade por parte do governo Dilma.

— Votarei pelo impeachment porque votar pela volta do governo Dilma seria perdoar os erros, as manipulações, a arrogância, a recessão, a inflação, a corrupção. Seria correr o risco de jogar o Brasil em uma escalada de desastres de uma economia sem rumo, uma política sem base de apoio, reentregar a máquina pública ao aparelhamento partidário, ao antipatriótico egoísmo do corporativismo. Sobretudo seria tolerar o uso de mecanismos fiscais que ferem a Constituição e as leis — explicou.

O senador ressaltou que votará pensando no futuro e que exercerá vigilância sobre o governo Temer. Ele disse esperar o cumprimento do compromisso de recuperar a estabilidade monetária e que sejam mantidos os “bons” programas sociais.

— [Espero] que retome o diálogo com todas as forças nacionais. Que esteja sintonizado com a ânsia nacional pela moralidade na política, simbolizados na Lava Jato e na Lei da Ficha Limpa. Que reinicie o longo processo de recuperação da nossa economia mergulhada na recessão e no desemprego e que cheguemos rápido às eleições gerais de 2018.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)