Em considerações finais, Dilma pede 'maturidade' aos senadores no julgamento do impeachment

Da Redação | 30/08/2016, 00h15

A presidente afastada Dilma Rousseff encerrou sua participação no Plenário do Senado nesta segunda-feira (29) pedindo aos senadores que a julguem com "maturidade" e "consciência". Ela fez considerações finais no tempo cedido por seu advogado de defesa, José Eduardo Cardozo, que optou por não fazer perguntas à sua cliente, acusada de cometer crime de responsabilidade no exercício da Presidência da República. Ela disse aos parlamentares que o país precisará de todos para enfrentar os próximos desafios.

— Acredito que vamos ter que ter a maturidade de não inventar problemas onde eles não existem, e de enfrentar os imensos problemas onde eles existem. A disputa política é vantajosa, mas é muito grave afastar uma presidenta da República sem crime de responsabilidade. Esse ferimento será muito difícil de ser curado — afirmou Dilma.

Ela disse esperar que os senadores percebam que a conjuntura política afetou a recuperação econômica, e pediu a todos que abandonem "posições fundamentalistas" e sejam capazes de fazer acordos. Para a presidente, a economia brasileira tem fundamentos sólidos e a cooperação coletiva entre as forças políticas pode tirar o país da situação difícil em que se encontra.

José Eduardo Cardozo afirmou que abriu mão de submeter Dilma a novos questionamentos porque a presidente deu respostas contundentes aos senadores e à acusação e "deixou absolutamente claro" tudo que a defesa queria demonstrar.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)