Lewandowski decide manter Antonio D’Ávila como testemunha no julgamento de Dilma

Da Redação | 26/08/2016, 14h58

Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal e do processo de impeachment no Senado indeferiu o pedido da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff de transformar Antonio Carlos Costa D’Ávila Carvalho em informante. A decisão foi comunicada na retomada dos trabalhos da sessão que julga impeachment, na tarde desta sexta-feira (26).

Segundo o pedido, o ex-auditor federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, segundo depoente da acusação, teria ajudado o procurador Julio Marcelo Oliveira na confecção da peça que questionou as contas da presidente afastada Dilma Rousseff no Tribunal de Contas da União (TCU). Por este motivo, alega o grupo pró-Dilma, sua suspeição deveria ser declarada, já que Antônio D’Ávila, posteriormente, teria dado prosseguimento ao processo sobre as pedaladas fiscais que ele próprio ajudou a redigir.

— O pleito é intempestivo — disse Lewandowski.

Os senadores favoráveis ao impeachment também fizeram questionamentos à lisura do depoimento agendado da ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck, mas o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, antecipou-se e pediu seu cancelamento. Assim como a mudança do status de Luiz Gonzaga Beluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Ricardo Lodi, advogado e professor, de testemunhas para informantes. A ideia é “preservá-los”, disse Cardozo.

Antes da oitiva de Beluzzo, Ricardo Lewandowski anunciou que será mais rigoroso com as questões de ordem pedidas pelos parlamentares. Os senadores deverão anunciar o tema sobre o qual pretende se pronunciar e só então ele permitirá a manifestação. Disse ainda que, se durante a fala, constatar uma fuga do tema, irá interromper o discurso do orador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)