Comissão sabatina indicados para embaixadas na Alemanha, na Turquia e na Áustria

Sergio Vieira | 22/08/2016, 09h45

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) volta a reunir-se na quarta-feira (24), a partir das 10h, para sabatinar mais três diplomatas indicados pela Presidência da República para a chefia de representações brasileiras no exterior. São eles Mario Vilalva, para a Alemanha; Eduardo Gradilone, para a Turquia; e Ricardo Neiva, para a Áustria.

No relatório sobre a indicação de Vilalva para a embaixada brasileira na Alemanha, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) reitera que a nação germânica é hoje a quarta maior economia mundial, sendo a mais forte na Europa. O senador reforça também que o relacionamento bilateral Brasil-Alemanha é sólido "há bastante tempo". A Alemanha é hoje o quarto maior parceiro comercial de nosso país, atrás apenas de China, Estados Unidos e Argentina.

O intercâmbio comercial em 2015 chegou a US$ 15,5 bilhões, significando uma queda de 24% se comparado com 2014. Monteiro lembra também que essa balança é "tradicionalmente desfavorável" ao Brasil. As exportações brasileiras de café, minérios, soja, máquinas mecânicas, ferro e aço somadas representaram 63% do total exportado para a Alemanha no ano passado.

Do lado das importações, as compras de máquinas mecânicas, químicos orgânicos, farmacêuticos, automóveis, máquinas elétricas e instrumentos de precisão, somados, corresponderam a 71% dos produtos alemães que aqui entraram. Monteiro cita ainda que hoje cerca de 113 mil brasileiros moram naquele país.

Turquia

No que se refere à indicação do diplomata Eduardo Gradilone para a embaixada brasileira na Turquia, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) lembra em seu relatório que o incremento das relações Brasil-Turquia atingiu um patamar "sem precedentes" durante a primeira década do século XXI.

Cita também que a balança comercial tem sido favorável ao Brasil, que exporta para a nação euro-asiática especialmente minério de ferro, grão de trigo e soja, centeio, café, fumo, folhas metálicas, polipropileno, niveladores, ferro fundido e madeira compensada.

A pauta de importação da Turquia está concentrada em autopeças, fios de fibras artificiais, motores a diesel, cimento portland, adubos, fósforo, damasco e aveia.

Os valores envolvidos em 2015 registram que o Brasil exportou US$ 1,33 bilhão e importou US$ 566 milhões. Quanto aos investimentos bilaterais, o estoque brasileiro na Turquia, entre 2001 e 2014, totalizou US$ 750 milhões. Já o montante turco no Brasil é estimado em US$ 35 milhões. As empresas brasileiras Metal Leve, Votorantim, Cutrale, Ambev-Antárctica, Arezzo e Condor são algumas das grandes investidoras naquele país.

"Digno de nota é, também, o fato da companhia Turkish Airlines manter voos diários entre São Paulo e Istambul, respondendo direta e indiretamente pela ampliação do fluxo bilateral de comércio e investimentos", acrescentou Lobão em seu relatório.

Áustria

No que se refere à indicação do diplomata Ricardo Neiva para a chefia da representação brasileira na Áustria, o senador Helio José (PMDB-DF) cita em seu relatório que, em 2015, a pauta de exportações brasileiras para aquele país foi composta por 73,9% de produtos manufaturados, especialmente máquinas mecânicas e aviões. E importamos no mesmo ano 98,6% em produtos manufaturados, principalmente máquinas mecânicas e farmacêuticos.

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