Requião: 'Votar de acordo com a consciência custa caro'

Da Redação | 09/08/2016, 22h36

Roberto Requião (PMDB-PR) disse acreditar que o verdadeiro objetivo do processo de impeachment é barrar as investigações da Operação Lava-Jato. Ele lembrou que há 35 senadores apontados como participantes do esquema de caixa dois da empresa Odebrecht. A lista é resultado da delação premiada do ex-presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht.

— Nada mais é sólido, nada mais é confiável. A Lava Jato produziu uma terra política arrasada. Não já partido que escape em nódoas. Nem partidos, nem o governo interino —  lamentou.

O senador defendeu a volta da presidente afastada Dilma Rousseff, para, na legitimidade do mandato, convocar um plebiscito para que a população brasileira decida sobre a realização de novas eleições ou a continuidade do governo.

Para ele, se não houver novas eleições, será a "morte da Constituição, da Soberania Nacional, dos direitos trabalhistas e de qualquer projeto nacional que torne o Brasil desenvolvido, altaneiro, justo e igualitário". O senador disse que votará contra a continuidade do processo de impeachment pelo Brasil e pela sua biografia, seja qual for o preço da decisão.

— Sei — e quem não sabe? — que muitas vezes tomar determinadas posições custa caro, paga-se alto preço. O que importa se o preço a pagar não é nossa alma, o nosso caráter, a nossa decência, a nossa integridade? Nada contra a corrente exige, sobretudo, coragem e retidão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)