Ângela Portela critica propostas sociais do governo Temer

Da Redação e Da Rádio Senado | 13/07/2016, 15h24

A senadora Ângela Portela (PT-RR) criticou nesta quarta-feira (13) várias propostas do governo interino de Michel Temer e de sua base aliada no Congresso Nacional que ela considera contrárias ao interesse da população.

Ângela disse que, além da proposta de emenda à Constituição que limita o aumento de gastos do poder público ao índice da inflação do ano anterior, o governo defende a reforma da Previdência, com a possibilidade de a idade mínima de aposentadoria passar para 70 anos, num país em que a expectativa de vida é de 73 anos.

A senadora ainda lamentou algumas declarações do ministro da Saúde, Ricardo Barros. Segundo Ângela, ele defendeu a diminuição do Sistema Único de Saúde (SUS) e a mudança de regras mínimas para os planos de saúde, com a entrada no mercado de seguros de segunda linha para os mais pobres.

Ângela Portela também apontou como outro problema do governo interino o desmonte da educação, com o fim do monitoramento do Plano Nacional de Educação e a eliminação de cargos técnicos ligados à educação inclusiva.

A senadora citou ainda a proposta defendida pelo atual governo que amplia a terceirização a todos os setores das empresas, bem como a que dá prevalência ao negociado com os patrões sobre a legislação trabalhista.

— Um ambiente como esse é perfeito para o surgimento de propostas absurdas, como a proferida pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade. Demonstrando desconhecimento do mundo do trabalho e do funcionamento das economias mais desenvolvidas, o representante da indústria defendeu a adoção da carga de 80 horas semanais, vejam só — afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)