Ana Amélia compara governos Dilma e Temer e aponta rombo dos fundos de pensão

Da Redação e Da Rádio Senado | 30/06/2016, 16h14

A senadora Ana Amélia (PP-RS) rebateu as críticas nesta quinta-feira (30) do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ao presidente interino Michel Temer. Para ela, a forma como o colega, que é líder da Minoria no Senado, avalia o governo interino dá a entender que o Brasil, até maio de 2016, era um paraíso e que, após o afastamento de Dilma, tornou-se um inferno.

Mas a situação não é exatamente essa, advertiu Ana Amélia, ao lembrar que o PT, histórico defensor dos trabalhadores e aposentados, é responsável pela nomeação de pessoas incapacitadas para gerenciar os fundos de pensão de estatais, como o Petros, da Petrobras; o Funcef, da Caixa; o Previ, do Banco do Brasil; e o Postalis, dos Correios.

Por causa da ingerência política, sublinhou Ana Amélia, foram feitos investimentos e aplicações equivocadas. Em 2015 houve um rombo de R$ 46 bilhões nos fundos de pensão.

— E sabe sobre quem vai pesar esse prejuízo de gestões temerárias, que usaram [dinheiro dos fundos de pensão] e aplicaram em papéis do seu Eike Batista, botaram em projetos que foram inviabilizados economicamente? É o trabalhador da Petrobras, dos Correios, do Banco do Brasil, da Caixa Federal. Esses trabalhadores é que vão desembolsar muito mais dinheiro para que não tenham prejuízo na hora da aposentadoria.

Ana Amélia lembrou também que, às vésperas de ser afastada, Dilma Rousseff concedeu aumento de 9% no Bolsa Família.  E que o presidente interino, Michel Temer, reviu esse índice e decidiu reajustar o benefício em 12,5%. Essa elevação, segundo Ana Amélia, só foi possível por causa do combate às fraudes no pagamento do Bolsa Família.

Janaína Paschoal

Ana Amélia ainda lamentou que a advogada Janaína Paschoal, uma das responsáveis pela elaboração da petição que fundamentou a abertura do processo de impeachment, tenha sido agredida verbalmente, ontem, no aeroporto de Brasília.

E o que Ana Amélia acha estranho é que as senadoras defensoras dos direitos da mulher não se pronunciaram sobre as provocações desrespeitosas contra a advogada.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)