Capiberibe lamenta ataque em Orlando e diz que terrorismo homofóbico também acontece no Brasil

Da Redação e Da Rádio Senado | 13/06/2016, 17h08

O senador João Capiberibe (PSB-AP) lamentou nesta segunda-feira (13) o assassinato de pelo menos 50 pessoas que estavam em uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos, na madrugada deste domingo. Capiberibe disse em que a insensatez, o preconceito, a exclusão, a violência e a desumanidade têm predominado nestes tempos.

Um jovem que jurou lealdade ao grupo extremista Estado Islâmico, armado com um fuzil AR-15, invadiu a boate. Para Capiberibe, o massacre, no qual foram feridas 53 pessoas, é um caso típico de terrorismo homofóbico, que também acontece diariamente no Brasil.

— Essas manifestações homofóbicas promovem assassinatos, atrocidades cruéis com pessoas que decidem pautar sua conduta de acordo com o que pensam. É algo incompreensível e eu confesso que tenho dificuldade de entender — lamentou o senador.

Controle social

Ainda em Plenário o senador elogiou duas iniciativas que aprimoram o processo de controle social, transparência pública e participação popular como antídoto contra a corrupção. São as páginas no Facebook "de olho na emenda" e "de olho no projeto", por meio das quais as pessoas podem acompanhar o uso do dinheiro referente à emenda que ele, como parlamentar, tem direito de inscrever no Orçamento da União.

Segundo o senador, a iniciativa implantada por ele nas redes sociais beneficia as comunidades do Amapá, mas já chamou a atenção de pessoas de outros estados.  Capiberibe explicou que, depois de inscrever a emenda no Orçamento, a comunidade já começa a acompanhar todo o processo, até a execução do projeto ao qual o dinheiro está relacionado.

— Agora, com a democracia digital, nós estamos mostrando aqui a possibilidade de se construir um novo processo democrático, com ampla participação da base social, participação direta no Orçamento público, acompanhamento de gastos, controle dos gastos e também controle da corrupção.

Viagem

Capiberibe relatou, também, viagem ao Amapá. Em Laranjal do Jari, o senador disse que a prefeitura não cumpre a Lei da Transparência ao não prestar contas do uso do dinheiro público por meio de um portal na internet.

No entanto, a Câmara de Vereadores do município publica todas as informações, acrescentou o senador, ao lembrar que os moradores também relataram que, apesar de uma escola receber diretamente em sua conta o dinheiro do estado, não oferecia merenda escolar para os alunos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)