Randolfe Rodrigues defende a delação premiada e a Operação Lava Jato

Da Redação e Da Rádio Senado | 08/06/2016, 20h28

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que os inimigos da Lava Jato se multiplicam e buscam uma maneira de evitar os avanços da operação. Para isso, segundo o senador, pretendem mudar a lei da delação premiada, também chamada colaboração premiada, mecanismo que, em sua avaliação, tem sido essencial ao sucesso das investigações.

Randolfe Rodrigues afirmou que os números de dois anos de investigações da Lava-Jato “impressionam até os brasileiros mais descrentes”. Até agora, já foi apurado o desvio de quase R$ 43 bilhões devido à corrupção e foram identificadas propinas no valor de R$ 6,4 bilhões.

Como lembrou o senador,  16 empresas, estão envolvidas nas investigações. Entre elas, as nove maiores empreiteiras do país. E mais: R$ 5,3 bilhõesdesviados já foram recuperados e 160 pessoas foram mandadas para a prisão, estando 105 delas já condenadas pela justiça. Randolfe afirmou que tudo isso se deve aos 52 acordos de colaboração premiada e cinco acordos de leniência firmados com empresas.

- Isso não tem precedentes na história nacional - frisou Randolfe Rodrigues.

O senador acredita que a Lava Jato está devolvendo ao brasileiro a crença perdida nos tribunais e nos juízes e rejeitou "toda e qualquer ameaça" à colaboração premiada, defendendo o fortalecimento desse mecanismo.

- Trama-se mudanças na lei para defender o Estado de direito, mas com o objetivo de atingir o sucesso da Operação Lava Jato. Na Itália pós-operação mãos limpas ocorreu retrocesso na legislação penal por força e obra do parlamento que se viu atingido pelas investigações. Aqui no Brasil temos que caminhar no sentido oposto - alertou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)