Auditoria permite redução nos gastos do Senado com telefonia

Da Redação | 23/05/2016, 12h12

Auditoria realizada pelo Senado nas contas de telefonia fixa tem garantido a redução do valor pago pelo serviço. Em 2015, a Casa conseguiu uma redução de R$ 866.204,84 em relação ao valor inicialmente cobrado pela companhia telefônica. Neste ano, cálculo inicial indica que a redução até o mês de março deve ser em torno de R$ 20 mil.

Prevista nos contratos com a empresa, a auditoria é realizada mensalmente pela Coordenação de Telecomunicações do Senado. A área de Tecnologia da Informação (TI) da coordenação desenvolveu um sistema que aplica os valores estabelecidos no contrato a cada ligação registrada na conta telefônica, considerando o tipo de chamada, a duração e a tarifa cobrada, segundo Eduardo Marinho da Silva, chefe substituto do Serviço de Tarifação.

— No final, nós comparamos o que a empresa cobrou com o que o sistema auditou com base nas regras do contrato. O sistema de auditoria apenas aplica a tarifa contratual. E aí dá uma diferença — explicou Marinho.

Em um segundo momento, é verificado se o valor apurado pela auditoria é coerente com os dados do tarifador, sistema que aplica as regras de tarifação a todas as chamadas telefônicas registradas no PABX do Senado. Os valores apurados têm sido coerentes, segundo Marinho.

— Então, apresentamos a contestação à empresa. Basicamente é um erro de tarifa que a empresa aplica — na avaliação de Eduardo Marinho Silva, que é também um dos gestores dos contratos de telefonia fixa.

Após conferir os questionamentos do Senado, a empresa geralmente concorda com o valor apurado pela auditoria do Senado.

Economia

Se a auditoria garante que o Senado pague o valor correto, a renegociação de contrato e novas licitações permitem economizar, ressaltou Marinho. É o caso da prorrogação, neste ano, de um contrato de 2013 após a empresa reduzir 39%, de 41 centavos para 25 centavos, o valor do minuto das ligações de telefone fixo para móvel. O novo valor passou a vigorar em 6 de março deste ano após negociação coordenada pela diretoria-geral adjunta de Contratações. Em 2014, ano atípico em função da Copa do Mundo e das eleições, o Senado pagou por volta de R$ 1,3 milhão nesse tipo de ligação. Já em 2015, em pleno funcionamento normal da Casa, gastou-se por volta desse mesmo valor. A economia nesse tipo de ligação será percebida este ano, segundo Marinho.

Em 2014, o Senado gastou cerca de R$ 1,5 milhão nos contratos de telefonia fixa referentes a ligações de fixo para fixo locais e de longa distância e de fixo para móvel de longa distância feitas a partir do PABX, das linhas diretas e daquelas recebidas pelo Alô Senado (0800). Em 2015, foi gasto aproximadamente R$ 1,2 milhão, uma redução de 18%. Se for mantida a tendência atual, é esperado que em 2016 o gasto não seja superior a R$ 1 milhão nessas modalidades de chamadas.

No dia 24 de agosto de 2015, entrou em vigor novo contrato com a companhia que venceu a licitação para esses tipos de ligação. O valor anual foi licitado em R$ 2,4 milhões, equivalente a uma redução de R$ 2,8 milhões, ou seja, menos 54% em relação aos contratos anteriores.

Outra medida importante para redução dos gastos com telefone foi a determinação, por parte da atual direção do Senado, de que a economia fosse feita observando-se os mecanismos já existentes na Casa. É o caso da restrição dos ramais das categorias mais altas, o que ajudou a reduzir os custos pela menor utilização. Medida que pode igualmente gerar economia é uma maior fiscalização nos relatórios das contas telefônicas, que vai permitir um controle das ligações feitas nos diversos setores da Casa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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