Senadores do PT pedem punição a Caiado por 'agressividade e desrespeito'

Da Redação | 07/04/2016, 11h50

Senadores petistas acusaram Ronaldo Caiado (DEM-GO) de ter sido "agressivo e desrespeitoso" com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, e pediram punição ao parlamentar. O assunto foi levado ao Plenário nesta quinta-feira (7).

Ronaldo Caiado alegou que não faltou em momento algum com o respeito e apenas perguntou sobre irregularidades nos assentamentos rurais do Incra.

— Formular pergunta é desrespeito? Apenas perguntei como ele responderia a denúncia de que há 574 mil fantasmas no Incra. Onde está o desrespeito nisso? Qual a palavra que feriu o decoro parlamentar? Querem me levar ao Conselho de Ética porque formulei essas perguntas? — indagou o senador.

Após ter feito seus questionamentos, Caiado e Donizeti Nogueira (PT-TO) iniciaram uma discussão. Em decorrência disto, a a presidente do colegiado, Ana Amélia (PP-RS), encerrou a reunião.

Na versão dos petistas, Caiado teria se desentendido com o ministro na audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), realizada no início da manhã desta quinta (7). De acordo com o líder do governo, senador Humberto Costa (PT-PE), "a grosseria do senador foi tamanha" que obrigou o encerramento da reunião.

— Ele não sabe ainda que o Senado é uma casa diferente. É uma questão de educação. Alguma atitude deve ser tomada. No mínimo, chamar a atenção. Não podemos reproduzir aqui o clima da Câmara, onde respeito não existe mais. Não vamos tolerar agressividade e desrespeito — afirmou.

Os senadores José Pimentel (PT-CE), Donizeti Nogueira (PT-TO), Fátima Bezerra (PT-RN) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também criticaram o comportamento do colega e pediram punição.

Em sua argumentação, Caiado afirmou ainda que o ministro do Desenvolvimento Agrário o deixou sem resposta.

— O ministro fugiu do debate. Ministro fujão... porque não tem como responder.

Ronaldo Caiado disse ter uma atitude veemente nas perguntas e que não é próprio de sua personalidade "apelidar as palavras":

— Não uso o vocabulário do Lula. O meu é outro. Respeitoso, mas corajoso o suficiente para botar o dedo na ferida.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)