Programa do Senado contribui para inclusão social de jovens de baixa renda

Da Redação | 04/04/2016, 09h53

O Senado receberá em maio 20 novos participantes do Programa Jovem Aprendiz, criado em 2014 para contribuir com a formação profissional de adolescentes de baixa renda. Atualmente, 78 estudantes prestam serviços em áreas administrativas da Casa. A intenção é que, futuramente, o programa ofereça a oportunidade de treinamento para 200 menores.

O diretor da Secretaria de Gestão de Pessoas, James Carvalho, explica que, durante os 24 meses de vigência do contrato, o adolescente estabelece os primeiros contatos com a realidade do mercado de trabalho e conhece o funcionamento do Poder Legislativo.

— O jovem pode se preparar para o mercado com todas as variáveis e dificuldades que poderá encontrar pela frente. Já para a Casa, institucionalmente falando, o jovem aprendiz tem um viés social muito interessante, por ser voltado para alunos de baixa renda — afirma.

Para participar do programa, o menor precisa ter entre 14 anos e 17 anos e 11 meses de idade; ser morador do Distrito Federal; estar matriculado, pelo menos, no 8º ano do ensino fundamental em escola da rede pública; e pertencer a uma família com renda per capita inferior a meio salário mínimo.

Treinamento

De acordo com o chefe do Serviço de Estágio e gestor do Programa Jovem Aprendiz, Alexandre de Lana Silva, a chegada, em maio, dos novos aprendizes possui caráter de reposição, já que 20 — dos 98 alunos que atuavam na Casa em 2015 — deixaram de participar do projeto. Segundo ele, a maioria dos desligamentos foi motivada pela evasão escolar, o que configura o descumprimento de um dos critérios de participação.

— O ato que instituiu o programa no âmbito do Senado [Ato da Comissão Diretora 2/2014] exige que o aluno esteja matriculado, pelo menos, no 8º ano da escola pública. Caso o adolescente reprove por nota, ele tem a chance de continuar inscrito. Mas se a reprovação for por falta, ocorre o desligamento — ressalta o gestor.

Segundo Lana, antes de chegarem ao Senado, os estudantes passam por treinamento presencial de um mês, ministrado pelo Centro Salesiano do Menor do Distrito Federal (Cesam), entidade parceira do Senado. Durante o curso, eles assistem a aulas teóricas com noções de administração, informática e arquivologia, entre outros temas.

No Senado, os estudantes são encaminhados a diversos setores da Casa, como a biblioteca, gráfica, arquivo e gabinetes, conforme a demanda de cada área. Os aprendizes cumprem jornada diária de quatro horas e são acompanhados por tutores.

— Cada setor designa um tutor, que vai acompanhar o trabalho do jovem aprendiz e será responsável pela distribuição das tarefas. O retorno que temos recebido tem sido muito positivo, tanto dos tutores quanto dos participantes. Há uma vontade muito grande por parte dos jovens em aprender e o reconhecimento da importância dessa oportunidade — afirma Alexandre de Lana Silva.

Cadastro

Durante os dois anos de duração do contrato, os adolescentes recebem um salário mínimo, além de vale-transporte e vale-refeição, e têm a carteira de trabalho assinada, com pagamento de fundo de garantia e contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O jovem também tem direito a 13º salário e a todos os benefícios concedidos a empregados formais.

Para participar do programa, o estudante deve se cadastrar no Centro Salesiano do Menor do Distrito Federal, por meio do site www.salesianos.br/ssas ou pelo telefone 61 3379-9200.

Após fazer o cadastro, ele entra na fila de espera e é chamado de acordo com a demanda por vagas. Se cumprir os requisitos necessários e fornecer os documentos solicitados, o candidato recebe uma visita domiciliar, feita por representantes da entidade, para comprovar a veracidade das informações fornecidas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)