CPI do Futebol aprova quebra de sigilo de investigados por corrupção na Copa de 2014

Patrícia Oliveira | 17/02/2016, 17h15

A CPI do Futebol aprovou 12 requerimentos que pedem a quebra de sigilo de dados de pessoas e empresas. Os pedidos atingem dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador da Copa de 2014.

Os requerimentos de quebra de sigilo de dados e contratos são para Atena Operadora Turística; Jat Imóveis; Lilian Cristina Martins; Carolina Galan dos Santos; Rogério Langake Caboclo; Antônio Osório Ribeiro Lopes da Costa; Ariberto Pereira dos Santos; Júlio César Avelleda; Wagner José Abrahão; Rita de Cássia Rodrigues Moreira; Fernando Jales Oliveira e Zayd Empreendimentos 2025.

Requerimento extrapauta aprovado também nesta quarta-feira (17) solicita o convite, na condição de testemunha, de Antônio Carlos Nunes de Lima, coronel reformado da Polícia Militar do Pará e presidente em exercício da CBF.

O presidente da comissão, senador Romário (PSB-RJ), ressaltou que foram detectadas ligações dessas pessoas com o esquema de corrupção na Copa do Mundo por meio da quebra de sigilo de suas contas bancárias e fiscais.

– Nada aqui é por acaso ou por vontade do presidente. A gente tem dados para todas as coisas que estão acontecendo nessa CPI, elas têm uma lógica – afirmou.

A CPI do Futebol foi criada para investigar irregularidades em contratos assinados pela CBF para a realização de partidas da seleção brasileira de futebol e de campeonatos organizados pela entidade.

Carta

Durante a reunião Romário ainda leu um carta enviada aos integrantes da CPI sobre o andamento dos trabalhos da Comissão em 2015, no qual destacou a importância de depoimentos como o do presidente licenciado da CBF, Marco Polo Del Nero, em dezembro do ano passado.

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é fundamental que a CPI apresente resultados, pois atua “sob o olhar vigilante da sociedade brasileira”. Segundo ele, existe uma expectativa de que a investigação “modifique o rumo do futebol brasileiro”.

– Já tivemos nessa CPI uma prova inconteste de que a nossa entidade máxima do futebol se tornou um covil de ladrões. Um dos maiores esquemas de corrupção que já se teve notícia. Os 7X1 que a nossa seleção sofreu tem consonância, tem diálogo direto, com a forma que o futebol brasileiro tem sido administrado – disse Randolfe.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)