Renan diz que Lula não acha oportuno fim da reeleição

Da Redação | 30/06/2015, 13h11

O presidente do Senado, Renan Calheiros, reuniu-se para um café da manhã, nesta terça-feira (30), na residência oficial, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e parlamentares do PT e do PMDB. De acordo com Renan, Lula, que estava “em missão de paz”, deu sugestões e defendeu pontos de vista sobre a reforma política, como a manutenção do instituto da reeleição.

— Entre outras coisas, ele disse que não achava oportuno o fim da reeleição. Ele entende que o mandato de quatro anos é um mandato muito curto para não ter reeleição. Se fosse um mandato de cinco, tudo bem, mas ele acha difícil a extensão dos mandatos para cinco anos — disse Renan ao chegar ao Senado.

A proposta de reforma política aprovada na Câmara prevê o fim da reeleição para os cargos do Poder Executivo (presidente, governador e prefeito), além da duração de cinco anos para todos os cargos eletivos (vereadores, deputados, prefeitos, senadores, governadores e presidente) a partir de 2022, com regra de transição para senadores.

Vetos

Renan também afirmou que os parlamentares devem analisar, nos próximos dias, os vetos presidenciais a projetos aprovados pelo Congresso. Há previsão de reunião para esta noite, mas ela deve ser adiada para a quarta-feira (1º), a pedido da Câmara. A ideia é votar todos os vetos, segundo o parlamentar.

— Entendo que não podemos ir para recesso sem apreciar os vetos que estão na pauta, há um esforço para que façamos isso amanhã. O processo legislativo só se encerra depois da apreciação dos vetos. Essa é uma conquista do Congresso que temos que levar a cabo — declarou.

Os vetos recaem sobre temas como a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015, o novo Código de Processo Civil (CPC), as novas regras para fusão de partidos, o Marco Legal da Biodiversidade, a Lei Geral das Antenas e a Lei de Arbitragem.

Na chegada ao Senado, Renan também ouviu apelos de representantes dos servidores do Poder Judiciário para a aprovação, em Plenário, do PLC 28/2015, que reajusta a remuneração da categoria. O presidente do Senado afirmou que será “preciso conversar com os líderes” para garantir a aprovação. Na sessão do último dia 6, a votação da proposta foi adiada.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)