Álvaro Dias defende investigação da Confederação Brasileira de Futebol

Da Redação e Da Rádio Senado | 10/06/2015, 16h05

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) defendeu projeto dele que confere à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o status de paraestatal, obrigando a entidade a prestar contas ao Tribunal de Contas da União (TCU), submetendo-a à fiscalização e controle, e tornando públicas as informações sobre suas operações financeiras no Brasil e no exterior.

Ele disse ainda esperar que a CPI para investigar a CBF, proposta pelo senador Romário (PSB-RJ), seja instalada e consiga apurar as irregularidades envolvendo a entidade brasileira e  a Fifa, órgão máximo do futebol mundial.

Álvaro Dias, presidente da CPI do futebol que funcionou há 15 anos, lamentou que os resultados daquela investigação não sejam reconhecidos no país, apesar de o serem na Europa.

Ele citou o Estatuto do Torcedor, a Lei de Responsabilidade Social do Desporto, além da revelação das mazelas nas relações entre a CBF e a Fifa como produtos daquela investigação que, inclusive, resultou em apurações na Suíça que provocaram a posterior mudança nas presidências de ambas as entidades.

Diante de tantas irregularidades constatadas, disse o senador, não foi por acaso que o futebol do país chegou ao nível atual tanto fora quanto dentro de campo, com um resultado ruim na última Copa do Mundo.

Álvaro Dias lembrou que a apuração proposta agora também é fundamental, sobretudo quando se trata de um esporte que é paixão nacional e que faz parte de um setor promissor da economia.

Segundo ele, o futebol movimenta anualmente no mundo R$ 200 bilhões, gera empregos, renda e receitas. Por isso, deve ser gerido com responsabilidade, pois os seus resultados financeiros são importantes para a economia do país.

Por tudo isso, acrescentou Álvaro Dias, não procedem os argumentos daqueles que dizem que, por envolver interesses privados, não cabe ao poder público interferir nos negócios envolvendo a CBF.

- Todos nós sabemos que os recursos das loterias, que são recursos públicos, patrocinam clubes de futebol no país, assim como recursos da própria Petrobras. Há uma relação do futebol brasileiro, das entidades que administram o futebol brasileiro, com o poder público. Não bastasse isso, o artigo 216 da Constituição determina que se trata de patrimônio cultural do povo brasileiro. A seleção brasileira é patrimônio cultural e ela é a principal fonte de receita da CBF - disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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