Venda casada de seguro inviabiliza aquisição de caminhão, lamenta representante da categoria

Da Redação | 09/03/2015, 11h03

O presidente da Associação dos Proprietários de Caminhões (Aprotec), Nelson Antonio Selau, lamentou as dificuldades enfrentadas pelos pequenos proprietários autônomos que tentam fazer o “Pró-Caminhoneiro”, financiamento obtido por meio do BNDES. Segundo afirmou na audiência pública realizada nesta manhã pela Comissão de Direitos Humanos, os bancos estão fazendo venda casada, com a liberação atrelada a um seguro cujo preço é exorbitante e impagável, pois as prestações da linha de crédito também já são altas.

— O seguro é R$ 29 mil, R$ 32 mil dependendo da região. Aí não conseguimos pagar o caminhão. Do que adianta obter o Pró-Caminhoneiro? — questionou.

O senador Hélio José (PSD-DF) pediu aos representantes dos caminhoneiros que unifiquem uma pauta de exigências e a encaminhe para os senadores, que os auxiliarão na defesa.

Já o senador José Medeiros (PPS-MT) afirmou que a discussão está sendo feita muito pela ótica do mercado, do frete, e o momento deveria ser propício para analisar outros pontos que afligem toda a classe. Segundo disse, o armazenamento é um deles, já que os caminhões acabam virando extensão dos silos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)