Jorge Viana lamenta efeitos da maior enchente da história do Acre

Da Redação | 06/03/2015, 13h11

“O Rio passou por cima da cidade de Rio Branco”, disse nesta sexta-feira (6), em Plenário, o senador Jorge Viana (PT-AC). Ele lamentou que boa parte da cidade onde nasceu tenha sido coberta pela água desde domingo, na maior cheia da história da capital do Acre, durante a qual quase 100 mil pessoas foram diretamente atingidas pelo transbordamento do Rio Acre.

— Onde tinha rua, ficou um amontoado de areia. Onde tinha casa, não tem mais — relatou Viana.

O senador explicou que os trabalhos da Defesa Civil e das entidades de apoio ainda estão na fase de socorro das vítimas, mas já é possível começar a reconstruir o que foi levado pela enxurrada. Não só Rio Branco foi prejudicada: Xapuri, Brasileia, Tarauacá e Sena Madureira também estão com os mesmos problemas.

A boa notícia, segundo ele, foi a liberação de recursos previdenciários equivalentes ao pagamento de um mês de benefício. O segurado aposentado ou pensionista já pode requerer ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o empréstimo, que só será cobrado depois de três meses de carência em 36 parcelas sem juros ou correção.

— Foi uma ajuda importante do governo federal. São mais R$ 37 milhões que nós vamos poder fazer chegar a quem perdeu fogão, geladeira, cama e eletrodomésticos — ressaltou.

Viana também está negociando linhas de crédito no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para socorrer atingidos e restabelecer a normalidade de funcionamento das casas, comércio, empresas e demais atividades da população. Os produtores rurais, contou, perderam praticamente tudo o que tinham.

De acordo com Jorge Viana um grupo com os melhores técnicos já está sendo reunido para fazer uma proposta de reconstrução de Rio Branco. O senador pediu uma missão oficial do Senado para avaliar os danos vividos pelos municípios afetados pela enchente. O grupo deve elaborar um relatório que reforçará o pedido de apoio mais substancial na reconstrução da cidade.

A experiência e o trabalho do governador do estado, Tião Viana, e do prefeito, Marcos Alexandre, foram grandes diferenciais para evitar maior proporção no desastre, na visão do senador. Em sua opinião, o Brasil já melhorou muito no atendimento a crises e desastres naturais por meio de mudanças feitas nos últimos anos na legislação, como resposta a grandes enchentes. Uma dessas conquistas, comentou, foi a facilidade de mandar recursos para os municípios afetados. Antes de a legislação ser aprimorada, recursos de socorro só poderiam ser enviados após o decreto de estado de emergência ou de calamidade pública.

Por outro lado, ele alertou para a necessidade de mais investimentos para combater os efeitos de desastres naturais.

— Temos de melhorar o que não melhorou. Ainda não investimos o suficiente em prevenção — reconheceu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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