Serra defende voto distrital na reforma política

Iara Guimarães Altafin | 02/02/2015, 12h13

Ao apontar a reforma política como uma das pautas prioritárias para o Congresso Nacional este ano, o senador José Serra (PSDB-SP) defendeu a aprovação do voto distrital. Ele acredita ser difícil que a Câmara acate esse sistema eleitoral para escolha de deputados, mas considera possível sua adoção para a eleição de vereadores.

Nesse caso, um município seria dividido em tantos distritos quantas são as vagas a serem preenchidas na câmara municipal e, em cada distrito, é eleito aquele que receber o maior número de votos.

— Isso será um avanço imenso no Brasil, até para diminuir o gasto de campanha. Numa cidade como São Paulo, que teria 55 distritos, um candidato a vereador, ao invés de disputar voto junto a oito milhões de eleitores, vai disputar num colégio de 150 mil eleitores. E o eleitor vai lembrar em quem votou e vai controlar o mandato — argumentou.

 

Endividamento

Outra prioridade do parlamentar será a aprovação do projeto que limita o endividamento do governo federal. Ele observa que a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que deve haver limite para endividamento, mas afirma que a regra não se efetivou.

— Vou propor limites para o endividamento, para que não se repitam abusos como o ocorrido no ano passado. O governo federal vai ter que obedecer a limites para sua dívida líquida e sua dívida bruta — frisou.

Saúde

Serra anunciou ainda que pretende trabalhar para a recomposição do orçamento da Saúde. Ele avalia que a participação atual de estados e municípios no financiamento do setor está acima da capacidade desses entes, sendo urgente buscar uma solução para o problema. Antes de apresentar projeto tratando do tema, ele pretende promover amplo debate em todo o país.

Perguntado sobre qual comissão permanente da Casa pretende integrar, José Serra disse ainda não ter definido.

— As pessoas acham sempre, claro, que será Assuntos Econômicos, mas eu tenho tentação também pela Comissão de Constituição e Justiça. Vamos ver, vou examinar com calma — disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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