Diretrizes de sustentabilidade do Viveiro do Senado são referência para órgãos públicos

Da Redação | 08/10/2014, 19h19

As diretrizes de sustentabilidade adotadas no planejamento, arquitetura e construção do complexo do Viveiro Sustentável do Senado Federal estão servindo de referência e conceito para edificações públicas. E foi para conhecer o trabalho realizado que uma equipe da Procuradoria Geral da Prefeitura de Porto Alegre esteve no Senado nesta terça-feira (7).

O objetivo da visita foi colher subsídios e informações de “cases de sucesso” na aplicação de boas práticas na construção de edifício públicos sustentáveis. “Temos a meta de construir a nova sede da Procuradoria Municipal, e viemos conhecer in loco essa experiência exitosa implantada pelo Senado, além de recolher as melhores indicações e procedimentos para elaboração do edital e do projeto de arquitetura”, comentou o Procurador Geral Adjunto, Marcelo Canto.

A comitiva, formada por procuradores e um engenheiro, foi recebida por servidores do Núcleo de Ações Socioambientais (NCAS), que mostraram como foram usados materiais de qualidade que seriam jogados fora. Na construção da estufa, por exemplo, foram aproveitados vidros temperados descartados de dependências do Senado. Os tijolos foram fabricados a partir da terra retirada do local onde hoje está localizado o viveiro. As treliças de telhado foram feitas com tubos de papelão e madeira de reflorestamento.

O arquiteto Mário Viggiano, idealizador e gestor do projeto, deu detalhes de todas as fases do processo construtivo do Viveiro do Senado, incluindo até os conceitos e diretrizes para elaboração do edital de concorrência pública. De acordo com ele, “o edifício sustentável é aquele capaz de proporcionar benefícios na forma de conforto, funcionalidade, satisfação e qualidade de vida sem comprometer a infraestrutura presente e futura dos insumos, gerando o mínimo possível de impacto no meio ambiente e alcançando o máximo possível de autonomia”.

Viggiano fez questão de destacar a importância da adoção – pelos gestores públicos – dos conceitos e boas práticas de sustentabilidade. Ele enumerou três motivos principais: economia futura com o retorno do investimento obtido com o projeto diferenciado (payback); redução do impacto ambiental e a minimização das emissões de carbono; e a concretização das ideias e conceitos de economia mediante o exemplo para a sociedade do uso dos sistemas sustentáveis, disseminando, assim, a Cultura da Sustentabilidade.

“Nada mais é do que um conjunto de atitudes simples, diretas e diárias que visam promover a redução do impacto imediato das ações cotidianas dos seres humanos no meio ambiente”, frisou Viggiano, ao citar como exemplos a utilização de lâmpadas econômicas, redução do consumo de água, plantio de árvores nativas da região, respeito à fauna e flora e educação ambiental.

O viveiro conta com sistema de aproveitamento da água da chuva (na irrigação e descarga). A energia solar abastece o viveiro e o excedente é enviado para consumo da Coordenação de Transportes. O espaço também conta com uma composteira e um minhocário, para onde vão as sobras de podas de arvores e borra de café.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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