PMDB e PT mantêm as maiores bancadas do Senado, mas PSB cresce

Guilherme Oliveira | 06/10/2014, 00h53

O PMDB manteve seu status de maior bancada do Senado. Com 18 senadores após a eleição, o partido do atual presidente, Renan Calheiros (AL), perdeu um integrante, mas segue maior do que todos os outros.

Logo atrás vem o PT, que continua sendo a segunda força. Os petistas somam 12 senadores, o que representa também a perda de um membro. Em terceiro está o PSDB, com 10 senadores — 2 a menos do que antes do pleito. Os tucanos também eram o terceiro maior partido do Senado antes da eleição.

Dança das bancadas

Aécio Neves pode ter superado Marina Silva na disputa por uma vaga no segundo turno, mas seus partidos tiveram desempenhos contrários nas disputas para o Senado. O PSB de Marina foi a legenda que mais conquistou cadeiras novas entre as 27 que estiveram em disputa. Já o PSDB de Aécio esteve entre os que mais perderam.

O PSB chegou à disputa com 4 senadores, e sai das urnas com 7. Além de manter toda a sua bancada, os socialistas viram as vitórias de Romário (RJ), Fernando Bezerra (PE) e Roberto Rocha (MA). Com isso, o PSB passa a ter a quarta maior bancada do Senado.

Outro partido que sairá do domingo eleitoral maior do que chegou foi o PSD. Em sua primeira eleição para o Legislativo federal, o partido criado em 2011 somou 2 senadores — Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM) — agora tem 3 membros na Casa.

Outros três partidos ganharam um senador cada. O PDT perdeu Pedro Taques (MT), eleito governador em primeiro turno, e João Durval (BA), em fim de mandato, mas acrescentará Lasier Martins (RS), Reguffe (DF) e Telmário Mota (RR). O PPS beneficia-se de forma indireta com a saída de Taques: é o partido do suplente que assumirá o mandato, José Antônio Medeiros. A legenda não tinha nenhum senador. Por fim, o DEM compensa a saída de Jayme Campos (MT), que conclui seu mandato, com as chegadas de Ronaldo Caiado (GO) e Davi Alcolumbre (AP).

Em situação oposta, o PSDB, que tinha uma bancada de 12 senadores, perdeu 2. Encerram seus mandatos Antônio Aureliano (MG), Cícero Lucena (PB), Cyro Miranda (GO) e Ruben Figueiró (MS). Além disso, no Pará, Mário Couto não conseguiu a reeleição. Em compensação o partido elegeu apenas três novos membros: José Serra (SP), Antonio Anastasia (MG) e Tasso Jereissati (CE).

Quem mais perdeu cadeiras, entretanto, foi o PTB. O partido — que também integra a coligação presidencial de Aécio Neves — verá 4 de sua bancada de 6 parlamentares deixar a Casa. Mozarildo Cavalcanti (RR) e Gim (DF) fracassaram em suas tentativas de reeleição. Epitácio Cafeteira (PB) e João Vicente Claudino (PI) encerraram seus mandatos — Claudino foi substituído pelo correligionário Elmano Férrer.

Mesmo com as perdas, o PSDB segue com a terceira maior bancada do Senado: 10 integrantes. Já o PTB, encarando um déficit de três senadores, deixa de ser a quarta maior bancada e passa a ser apenas a sétima.

Três outros partidos diminuíram em 2014. O PCdoB perderá um de seus dois senadores, com a saída de Inácio Arruda (CE). O PMDB e o PT, as duas maiores bancadas da Casa, também perderão um integrante cada, entre chegadas e saídas. Eles sustentam suas posições em relação às outras siglas com representação no Senado, mantendo-se como o primeiro e o segundo maiores partidos: o PMDB tem agora 18 senadores, e o PT tem 12.

O segundo turno da eleição presidencial e das eleições estaduais ainda pode trazer mudanças na configuração partidária do Senado, já que ainda há senadores na disputa. Há suplentes do PMDB, PT, PSDB, DEM, PRB e PSC (esse último sem bancada atualmente) com possibilidade de assumir mandatos após o segundo turno.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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