Governistas e oposição travam embate político em CPI Mista

Da Redação | 30/07/2014, 18h10

Parlamentares governistas e da oposição voltaram a promover discussão política na CPI MIsta que investiga negócios da Petrobras. Depois de ouvir acusações do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ao ex-presidente da Petrobras America José Orlando Melo de Azevedo, o deputado Afonso Florence (PT-BA) saiu em defesa da testemunha e do governo petista, o qual, segundo ele, descobriu o pré-sal, implantou novo marco regulatório para o setor e foi  responsável por aumentar o valor de mercado da petrolífera:

- Esse ataque e essa virulência são despropositados. Os deputados de oposição querem fazer disputa política. Mas foram eles que, quando governaram tentaram privatizar a Petrobras; foram eles que, quando governaram, afundaram a P-36 - afirmou.

Florence aproveitou para elogiar a atuação do governo na economia e atacar o candidato do PSDB à presidência Aécio Neves:

- Enquanto a presidente Dilma constrói aeroportos regionais, o ex-governador tem que explicar, gaguejando, por que construiu um aeroporto na pista da família - afirmou.

Conivência

Pouco antes, o deputado Onyx Lorenzoni havia questionado o fato de a Petrobras ter insistido na disputa judicial contra a Astra Oil, sócia no empreendimento de Pasadena, atitude que resultou em grande prejuízo para a companhia brasileira. Para ele, a compra da refinaria foi "urdida":

- Por que insistir na luta judicial? Por que não fazer um acordo? Vários técnicos insistiram que a Petrobras estava cometendo um erro. Essa compra foi urdida. Vamos descobrir por onde esse dinheiro foi embora. Alguém ganhou, e muito, com esse negócio - disse.

Onyx afirmou que José Orlando Melo de Azevedo foi retirado do comando da Petrobras América no início de 2013 por conta de uma "faxina" feita pela presidente da companhia, Graça Foster.

- Ela sabia que havia uma quadrilha, faxinou e o senhor entrou na faxina. O senhor só dizia amém para uma diretoria executiva. Só cumpria ordens. Isso é uma benção para uma quadrilha. Isso tem outro nome: é conivência - avaliou.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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