Pedro Simon explica gastos com saúde e sugere reflexão sobre privilégios de senadores

Da Rádio Senado e Da Redação | 13/03/2014, 18h45

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) foi à tribuna, nesta quinta-feira (13), para explicar que não há nenhuma ilegalidade ou irregularidade em tratamentos de saúde que fez e que foram pagos pelo Senado. Ele garantiu que os procedimentos foram recomendados por médicos e que apresentou todos os documentos exigidos pelas regras da Casa.

Simon reconheceu, porém, que pode ser necessária uma reflexão sobre o tema e não descartou uma decisão que resulte em cortes de gastos que atinjam também os senadores, e não só os funcionários da Casa.

- O noticiário dos últimos dias traz à tona a necessidade de uma reflexão sobre a moralidade de nós, parlamentares, termos privilégios tão distantes, em valores e consequente qualidade no atendimento, da grande maioria do povo brasileiro.

Ele prestou os esclarecimentos por ter sido mencionado em matéria do jornal O Estado de S. Paulo como beneficiário de ressarcimento de gastos de R$ 62,7 mil, com implantes dentários, em 2012.

O senador disse que tinha obrigação de se manifestar sobre o assunto, em respeito à sua história, e lembrou que sempre abriu mão de verbas indenizatórias e que devolveu ao Senado um total de R$ 1,4 milhão destinado a passagens aéreas que não utilizou.

- Tenho, repito, plena consciência de que não cometi nenhuma ilegalidade, nenhuma imoralidade, ao recorrer os préstimos do plano de assistência à saúde do Senado, para ressarcir tais gastos com intervenções médicas e odontológicas minha e de minha família. Estou certo, entretanto, que devemos rever esses mesmos dispositivos, não pela legalidade, que lhe é embutida, mas por critério de moralidade, uma vez que nos atribuem benefícios que estão distantes daqueles de que dispõe a grande maioria da população.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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