Senado responde a reivindicações populares com pauta prioritária

Da Redação | 16/12/2013, 20h15

 

O Senado viveu momentos marcantes em 2013 por causa das manifestações populares que tomaram o país nos meses de junho e julho. Pela primeira vez em muitos anos, o gramado em frente ao Congresso foi tomado por cidadãos, principalmente jovens, que trouxeram aos parlamentares uma ampla pauta de reivindicações baseada na melhoria dos serviços públicos; na mudança dos costumes e mecanismos da política; na rejeição a preconceitos contra minorias; e na cobrança por um novo modelo de segurança pública apoiado nos direitos humanos e nos princípios da vida democrática.

No dia 17 de junho, marcha com aproximadamente dez mil pessoas surpreendeu senadores e deputados, que mantiveram os debates durante o ato, mas passaram a discutir o quadro de insatisfação das ruas e a necessidade de maior sintonia do Parlamento com a população. Nesse dia, uma parte dos manifestantes chegou a ocupar o teto do edifício, onde se localizam as cúpulas do Senado e da Câmara.

No dia 20, uma manifestação ainda mais radical voltou a ocorrer. A resposta do Senado foi a elaboração de uma "pauta prioritária" para dar satisfação ao clamor popular. Entre os projetos, foram aprovados o que tipifica a corrupção como crime hediondo; o que estabelece a exigência de ficha limpa para servidores públicos; e o que  destina os royalties do petróleo para educação e saúde.

Em vários momentos, o presidente do Senado, Renan Calheiros, reafirmou sua convicção de que as manifestações fizeram bem ao Parlamento, que “desenferrujou”. Para o senador Jorge Viana (PT-AC), as manifestações que tomaram conta de diversas cidades brasileiras são fruto de um “Brasil novo”, que exige uma nova agenda de prioridades, pensamento compartilhado por todos os senadores que debateram o assunto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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