Janot promete transparência e quer 'parceria' para combater corrupção

Nelson Oliveira | 29/08/2013, 10h15

O indicado pelo governo ao cargo de procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que a corrupção é "um sinal forte de atraso social e econômico" ainda presente no Brasil. O combate a esse mal, entretanto, não é, na opinião dele, uma atribuição exclusiva do Ministério Público.

- É preciso estabelecer parcerias para que se possa travar uma luta eficaz contra a ação de corruptos e corruptores - afirmou Janot durante a audiência realizada para sabatiná-lo. Seu nome foi aprovado na comissão, e será levado em breve ao Plenário da Casa. Está entre as responsabilidades do Senado aprovar ou reprovar os indicados ao cargo de procurador-geral.

Em sua exposição inicial, Janot prometeu um maior grau de transparência em relação ao trabalho da Procuradoria-Geral. A ideia dele é criar o que chamou genericamente de "cartório", por meio do qual os cidadãos poderão ter acesso aos processos com investigações concluídas, desde que não estejam sob sigilo de justiça.

Outra promessa de Janot foi a de agir de forma "equilibrada", de modo que a firmeza necessária ao cargo não transborde para a ações que prejudiquem injustamente os investigados. Entre as possibilidades de obter dos atores sociais o cumprimento da lei ele mencionou os ajustes de conduta, acordos por meio dos quais uma parte investigada pode fazer reparos numa determinado procedimento de modo a se adequar à legislação.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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