Projeto estende educação a distância a idosos

Marcos Magalhães | 17/01/2013, 12h35

O ensino a distância – que o governo pretende levar a crianças e jovens em todo o país – poderá alcançar também os brasileiros mais idosos. Este é o objetivo do Projeto de Lei do Senado (PLS) 344/12, de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que já obteve parecer favorável da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e chegou há um mês à Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), onde tramita em caráter terminativo.

Segundo o texto aprovado pela CDH e enviado à CE, “serão oferecidos no âmbito das instituições de ensino superior, com caráter obrigatório nas universidades públicas, por meio de ações presenciais e a distância, cursos e programas de extensão para atendimento das pessoas idosas, por meio de atividades formais e não formais, na perspectiva da educação permanente”.

Em defesa de seu projeto, Cristovam lembra que, nos últimos vinte anos, mais de 20 milhões de jovens e adultos conseguiram concluir a educação básica e mais de 10 milhões de adultos obtiveram diplomas em cursos de graduação de nível superior.

Ao mesmo tempo, observa o autor, o número de brasileiros com mais de 60 anos de idade cresceu bastante e, dessa população, pela primeira vez, quase metade é constituída de homens e mulheres com escolaridade igual ou superior ao ensino fundamental.

"A universidade, além de povoada pelos adultos em seus cursos de graduação e pós-graduação, também se vê pressionada a abrir-se em programas de extensão para uma clientela cada vez mais idosa",afirma Cristovam.

Videoaulas

A importância da educação a distância foi ressaltada na quarta-feira (16) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, depois de um encontro com a presidente Dilma Rousseff e o professor norte-americano Salman Kahn, fundador da Khan Academy, que tem mais de 3,8 mil videoaulas gratuitas postadas na Internet, segundo a Agência Brasil.

As aulas da Khan Academy – sobre temas como Matemática, Física, Química e Biologia – serão colocadas à disposição dos professores brasileiros de segundo grau por meio de tablets que o governo começará a enviar neste ano aos professores. Cerca de 400 aulas de Kahn já foram traduzidas para o português pela Fundação Lemann, uma organização sem fins lucrativos.

Durante o encontro, Dilma ainda pediu o apoio do professor norte-americano ao Pacto Nacional pela Educação na Idade Certa, destinado aos estudantes das séries iniciais da educação básica.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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