Alvaro Dias critica mudanças na remuneração da caderneta de poupança

Da Redação | 03/05/2012, 17h45

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) criticou em Plenário, nesta quinta-feira (3), as alterações na fórmula de remuneração da caderneta de poupança, a serem anunciadas pelo governo federal. O parlamentar frisou que “é tido como certo” que a caderneta de poupança deixará de render o que rende hoje, ou seja, 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR).

— Dilma Rousseff deve anunciar uma tunga nas cadernetas de poupança. O porto seguro das pequenas economias pagará o pato da “guerra santa” deflagrada pela presidente, que, pelo jeito, não mostra coragem para mexer no que realmente interessa: tributos e ganhos de bancos — disse.

Na avaliação de Alvaro Dias, o mais provável é que seja adotada pelo governo federal a fórmula que atrela o rendimento das cadernetas a um percentual da taxa Selic, que seria de 70% ou 80%. Por esse modelo, explicou, enquanto a taxa básica de juros não cair abaixo de 8,5% anuais, a “nova” poupança ainda levaria leve vantagem sobre a atual.

Para o parlamentar, em vez de mexer na remuneração da poupança, o governo federal deveria induzir uma baixa das taxas de administração ou reduzir os tributos cobrados sobre os fundos de investimento, que pagam atualmente 22,5% de Imposto de Renda.

Alvaro Dias ressaltou que a adoção de uma dessas medidas — ou de ambas ao mesmo tempo — preservaria a atratividade dos fundos de investimento sem a necessidade de alteração no ganho da poupança.

A intenção do governo com as mudanças, explicou Alvaro Dias, é impedir uma migração de recursos dos fundos de investimento para a caderneta de poupança. Os fundos de investimento, conforme lembrou, são a principal fonte de financiamento da dívida pública, uma vez que investem preferencialmente em títulos públicos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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