Geovani Borges diz ser necessário pensar em política social para os idosos
Da Redação | 15/09/2011, 15h42
O senador Geovani Borges (PMDB-AP), em discurso nesta quinta-feira (15), disse que é necessário fazer uma "projeção da velhice", uma preparação para o futuro, já que a longevidade da população em todo o mundo, e particularmente no Brasil, vem aumentando consideravelmente.
Por isso, avaliou o parlamentar, é necessário que se estabeleça uma política social, preventiva, que projete o país também para os idosos, já que hoje rampas, calçadas, transportes públicos, entre outros, são elaborados somente para jovens com plena capacidade física, sem preocupações com o bem estar dos mais velhos. Isso, acrescentou, sem mencionar setores como saúde pública e previdência, em que o país está visivelmente despreparado, e cuja situação só tende a piorar.
Para o senador, é preciso discutir, entre outros pontos, qual o papel dos gastos sociais do Estado na redução das desigualdades, que deve ser priorizado para que verdadeiramente se alcance uma vida melhor e uma situação de bem-estar para todos.
- Estamos vivendo mais, mas não estamos vivendo com mais qualidade, ainda não assimilamos a ideia de que os cuidados com os idosos começam na verdade na infância - alertou.
Geovani Borges lembrou que no início do século 20 a expectativa de vida média do brasileiro era de 33 anos, hoje é de 68 anos. Em 1950, havia 2 milhões de idosos, que saltaram para 6 milhões em 1975 e 15 milhões em 2002. A estimativa para 2020 é que essa parcela da população chegue a 32 milhões.
O parlamentar citou ainda experiência realizada com 13 jovens trabalhadores de um supermercado de São Paulo que se submeteram a um treinamento inusitado: calçaram luvas para perder o tato; óculos, para poder enxergar menos; usaram faixas para sentir o que é uma artrite; e até botaram milho no sapato, para saber como é difícil caminhar com os pés doloridos e cheios de calosidade. O objetivo do treinamento era fazer com que os jovens sentissem algumas das dificuldades por que passam as pessoas mais idosas na lida diária.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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