Senado em 2011 terá presidentes das confederações da Agricultura e da Indústria

Da Redação | 07/10/2010, 15h32

A partir de fevereiro do próximo ano, o Senado será integrado por mais um presidente de entidade de classe. Ao lado de Kátia Abreu (DEM-TO) - senadora desde 2006, que preside a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) -, assumirá como senador o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando de Queiroz Monteiro Neto.

Eleito por Pernambuco no último dia 03, Armando Monteiro (PTB) preside a CNI desde 2002. Empresário, advogado e administrador de empresas, ele está encerrando seu terceiro mandato consecutivo na Câmara dos Deputados.

O empresário foi o candidato ao Senado mais votado em Pernambuco. Com 3,14 milhões de votos (39,87%), foi seguido por Humberto Costa (PT), que obteve 3,06 milhões (38,82%).

Fundada em 1938, a CNI reúne 27 federações das indústrias nos estados e no Distrito Federal, tem mais de mil sindicatos patronais e quase 100 mil empresas associadas. Conforme informações divulgadas no site da confederação, o setor industrial brasileiro é responsável por 27% do total de salários pagos no Brasil, responde por 22% do Produto Interno Bruto (PIB).

Entre os projetos em tramitação no Congresso que integram a agenda legislativa da entidade está o que reestrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - PLC 6/2009, que atualmente tramita na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), com relatório pronto para votação.

A CNI também acompanha o projeto que cria o cadastro positivo nos Sistemas de Proteção ao Crédito. O PLS 263/2004 está na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, como retornou ao Senado após modificação pela Câmara dos Deputados, tramita na forma de emenda daquela Casa a projeto do Senado.

Agricultura

Primeira mulher a presidir a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, eleita para o cargo em 2008, Kátia Abreu representa no Senado os interesses de um setor que responde por 23% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega um terço da força de trabalho no país. A CNA reúne 27 federações da agricultura, 2,3 mil sindicatos rurais e cerca de 1,7 milhão de produtores rurais associados.

A senadora foi eleita para o Senado em 2006, com mais de 330 mil votos. Seu mandato encerra-se em 2015.Ela é formada em psicologia e assumiu a administração da fazenda da família quando ficou viúva, em 1987.

Entre os projetos de sua autoria está o que regulamenta as atividades de pesquisa, produção, importação, liberação no ambiente e comercialização de clones de mamíferos, com exceção de humanos (PLS 73/2007), que se encontra na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Kátia Abreu foi relatora na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) de projeto (PLC 1/2010- Complementar) que regulamenta a competência da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios quanto à proteção, ao uso e à conservação dos recursos naturais.

Microempresas

Deixará, no entanto, o Senado o representante das microempresas e das empresas de pequeno porte. Presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), o senador Adelmir Santana (DEM-DF) não tentou a reeleição para a Casa. Em disputa para a Câmara Federal, conquistou 45.712 votos (3,25% do total), mas não está entre os oito eleitos pelo Distrito Federal, ficando como 10º colocado.

Suplente, Adelmir ocupou a vaga no Senado em 2007, quando o titular, o então senador Paulo Otávio, assumiu o cargo de vice-governador do Distrito Federal. No Senado, Adelmir tem defendido mudanças no setor de cartões de crédito e no tratamento aos micro e pequenos empresários.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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