Mercadante defende maior industrialização do Paraguai

Da Redação | 29/11/2008, 15h20

A expansão das linhas de distribuição de energia e a industrialização do Paraguai foram indicadas pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP) neste sábado (29), em Montevidéu, como o melhor caminho para que a economia do país vizinho obtenha maiores benefícios com a usina hidrelétrica de Itaipu. Durante audiência pública promovida pelo Parlamento do Mercosul, ele ressaltou os efeitos positivos da construção da hidrelétrica sobre as economias dos dois países.

Segundo recordou o senador, o consumo de energia no Brasil cresceu aproximadamente sete vezes entre 1973 e 2007, a partir da construção de Itaipu. No Paraguai, comparou, o crescimento do consumo de energia no mesmo período foi de 30 vezes. Na opinião do senador, não existe dado mais claro a respeito de uma economia do que o aumento do consumo de energia. E o Paraguai, ao longo do período, teve um crescimento de consumo bem superior ao brasileiro.

- Promover a integração é reduzir assimetrias, e temos que ajudar a promover o crescimento da economia paraguaia. Sinceramente, o melhor caminho para isto seria um salto industrializante, por meio da atração de empresas e da melhoria da distribuição. Melhorar a distribuição de energia será o grande caminho - afirmou Mercadante.

O senador recordou que o Brasil tem exercido o direito de preferência para a compra de energia paraguaia de Itaipu porque necessita dessa energia e não pode, no momento, "abdicar desse direito" previsto pelo tratado binacional. Ele admitiu discutir a proposta paraguaia de vender energia no mercado livre brasileiro. Mas alertou para o risco de o preço no mercado livre "desabar" caso isto seja feito em um período de desaceleração da economia.

A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), por sua vez, ressaltou a necessidade de manter a empresa viável, do ponto de vista econômico. Para ela, é preciso agir com todo o cuidado em relação ao tema nesse período de crise econômica mundial.

- Não quero dizer que não podemos conversar a respeito do tratado e sobre a busca de caminhos de maior integração, que ajudem o desenvolvimento paraguaio. Se crescemos, queremos que nossos vizinhos cresçam juntos - disse Marisa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: