Marcos Guerra: se Lula não ajudar, setor têxtil e de vestuário vai quebrar

Da Redação | 31/05/2006, 21h29

O senador Marcos Guerra (PSDB-ES) sustentou da tribuna nesta quarta-feira (31) que o setor têxtil e de vestuário do Brasil, que emprega 1,6 milhão de pessoas, poderá quebrar se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não atender as reivindicações apresentadas por associações de empresários e de trabalhadores da área nesta terça-feira (30), no Palácio do Planalto. As dificuldades se devem, entre outras causas,à concorrência de produtos da China, que entram no Brasil subfaturados ou por contrabando.

O senador esteve no encontro com o presidente da República, poisrepresenta o Espírito Santo na Associação Brasileira da Indústria Têxtil. O setor pediu ao presidente redução de impostos, mudança nos acordos de salvaguardas assinados com os chineses, desoneração da folha de pagamentos e combate à pirataria.

- A luz vermelha do setor já acendeu. Já foram demitidos 230 mil trabalhadores - alertou. Marcos Guerra explicou que as micro e pequenas empresas compõem 97% do setor. Mais de 75% dos empregados são mulheres de baixa escolaridade,que trabalham espalhadas por todos os estados, principalmente em cidades do interior.

O setor têxtil e de vestuário, constituído de 30 mil empresas, exporta cerca de US$ 2,2 bilhões e vende no mercado interno US$ 25 bilhões. Trata-se de uma área onde com apenas R$ 2,5 mil se gera um emprego, ao passo que setores como o de mineração só dão um emprego para cada US$ 2 milhões de investimentos.

- Acredito que o presidente Lula vai nos atender. Essa crise foi provocada pela política econômica adotada em seu governo. Portanto, seria corrigir um erro cometido - manifestou Marcos Guerra.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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