Agropecuária na Região Nordeste

Da Redação | 17/02/2006, 00h00

No Nordeste, há quatro paisagens naturais diferentes: o Meio-Norte, prolongamento da Amazônia; o Sertão, que corresponde à área mais seca; a Zona da Mata, que ocorre nos trechos mais úmidos no litoral e finalmente, o Agreste, transição entre os dois últimos.

Na Zona da Mata a cana-de-açúcar é a atividade dominante desde 1530, quando foi introduzida. O clima tropical e o solo massapé propícios favoreceram a implantação da cultura. Na região destacam-se também o fumo e o cacau no sul da Bahia, cultivado com sombreamento da bananeira.

A monocultura de fumo e soja, além da criação de caprinos e ovinos, estão entre as principais agropecuárias desenvolvidas no Agreste.

O Sertão é marcado pelo latifúndio e pela pecuária. Nas "Bocas do Sertão", ilhas úmidas, encontramos a subsistência. A atividade agrícola de mercado é o algodão. Ali se cultiva também cebola e vinha.

Na sub-região do Meio-Norte destacam-se o extrativismo vegetal (madeira, babaçu e carnaúba), a pecuária extensiva e as lavouras de algodão e arroz.

Censo Agropecuário de 1995-1996

De acordo com o Censo Agropecuário de 1995-1996, o valor da produção animal e vegetal nordestinas à época foi de R$ 7 bilhões, correspondente a 14,7% da produção brasileira, de R$ 47,7 bilhões. No período a produção de leite dos nove estados da região alcançou 2,2 bilhões de litros para um total de 17,9 bilhões nacional. O pessoal ocupado em dezembro de 1995 na agropecuária foi de 8,2 milhões de pessoas, equivalente a 45,8 % do total nacional de 17,9 milhões de pessoas. A região possui 65,7% dos estabelecimentos rurais brasileiros com área menor que 10 hectares.

Irrigação

No Sertão Nordestino, projetos de irrigação viabilizaram o avanço de uma moderna agricultura fruticultora para exportação, na área em torno de Petrolina em Pernambuco, beneficiada pela grande insolação, pela mão-de-obra barata, além da existência de solos com alta fertilidade mineral.

Polígono das Secas

Atualmente, o Polígono das Secas, segundo a Resolução nº 11.135 de 1997 do Conselho Deliberativo da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), compreende uma área de pouco mais de um milhão de quilômetros quadrados, correspondentes a 1.348 municípios, distribuídos pelos estados do Piauí (214), Ceará (180), Rio Grande do Norte (161), Paraíba (223), Pernambuco (145), Alagoas (51), Sergipe (32), Bahia (256) e Minas Gerais (86).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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