Depoimento reservado gera informações desencontradas

Da Redação | 20/09/2005, 00h00

Ao final da parte reservada do depoimento de Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, nesta terça-feira (20), vários deputados e senadores deram informações desencontradas sobre as declarações do doleiro aos parlamentares.

De acordo com o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o depoente teria dito que, por intermédio do publicitário Marcos Valério e da empresa Bônus Banval, "os partidos da base governista tiveram um aumento de seu capital para operar o mensalão".

O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), confirmou que o depoente disse que "teria ouvido falar" sobre um repasse de R$ 8 milhões por intermédio da corretora Bônus Banval e do doleiro Dario Messer tendo como destinatários o deputado José Janene (PP-PR), o deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) e o próprio Partido Progressista (PP).

- Ele não fez revelações inéditas, apenas disse que ouviu falar, mas não conseguiu comprovar. Se for comprovada, é uma acusação gravíssima - ponderou Garibaldi.

Faria de Sá disse que, apesar da história parecer fantasiosa, ela pode ser verdadeira.

- A impressão que a gente tem é que, a partir dessa movimentação de recursos, mudou a relação entre Severino e o Executivo - afirmou Faria de Sá.

Já o deputado José Janene afirmou que Toninho não fez nenhuma acusação contra ele ou o PP.

- Ele disse apenas que ouviu dizer que existiam essas coisas em Brasília - informou Janene.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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