João Batista faz apelo a Lula por medidas que impulsionem o crescimento

Da Redação | 26/03/2004, 00h00

O senador João Batista Motta (PMDB-ES) fez um apelo ao presidente da República para que reúna o segundo escalão do governo e tome as providências necessárias para impulsionar o crescimento do país. Ele cobrou a geração de empregos e criticou a excessiva carga tributária que o governo federal está impondo ao país.

Na avaliação do senador, o governo do PT não dá demonstrações de estar preocupado com a geração de emprego, embora tenha sido eleito para mudar os rumos do país. João Batista argumentou que a política assistencialista do governo não resolverá a situação das 40 milhões de pessoas que vivem em dificuldades, pois "o povo precisa de trabalho e dignidade sem ter que receber esmola", sustentou o senador.

João Batista lembrou as denúncias envolvendo o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz e perguntou se será necessário o surgimento de "outros Waldomiros" para que o governo comece a agir. Segundo o senador, "o advento Waldomiro" foi responsável por várias ações do governo como a edição de medida provisória para extinguir os bingos e combater a jogatina, reivindicação antiga de muitos políticos que somente se concretizou agora.

O senador lembrou que o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, em resposta ao caso Waldomiro, resolveu colocar em discussão a reforma política.

- Será que temos que torcer para que surjam outros Waldomiros. Será que se aparecesse um Waldomiro no Banco Central os juros não cairiam. Será que a Agência de Vigilância Sanitária deixaria de prejudicar o meu estado se surgisse um no Ministério da saúde ? - indagou o senador.

João Batista também reclamou da decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) de instalar três parques marinhos no Espírito Santo, o que tende a inviabilizar toda a economia do estado, segundo afirmou. Ele também criticou a paralisação das obras de recuperação da BR-101 que corta o seu estado e a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de proibir a compra da Garoto pela Nestlé.

O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) se solidarizou com João Batista pelo caso da Garoto/Nestlé e cobrou explicações do governo sobre a venda da Embratel para a mexicana Telmex, por preço inferior do que o oferecido por empresas nacionais, segundo o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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