PAULO SOUTO QUER PLANO DECENAL DE RECURSOS HÍDRICOS PARA A REGIÃO NORDESTE

Da Redação | 03/02/1999, 00h00

Um plano decenal de recursos hídricos para o Nordeste. Esta é uma das metas principais pelas quais o senador Paulo Souto (PFL-BA) pretende lutar durante seu mandato. Ele considera fundamental a existência de um plano de longo prazo para o setor, a fim de evitar mudanças de interesse momentâneo.- Se isso não for uma atribuição do Poder Legislativo, temos de convencer o governo a formular um plano desses de longo prazo, para que os problemas hídricos não sejam interrompidos por eventuais mudanças. Esse é um tema de interesse permanente para toda a região nordestina - afirmou o senador.Paulo Souto promete também se manter atento aos interesses da Bahia no panorama da federação brasileira. O parlamentar - que deixou o governou do estado para se candidatar a senador - afirmou que a Bahia "tem hoje uma situação privilegiada em relação à média dos estados brasileiros", mas reconheceu que ainda precisa de muitos investimentos.O senador prometeu dedicar-se à luta pelos grandes projetos de irrigação. Quer também a preservação dos programas de recuperação da região cacaueira da Bahia que, segundo ele, tem sofrido muito nos últimos anos. Outro ponto destacado pelo parlamentar é a necessidade de uma melhor integração da rede rodoviária do estado, que também tem padecido bastante nos últimos tempos.Paulo Souto ressaltou ainda as discussões e votações importantes que serão realizadas este ano pelo Poder Legislativo. Citou a reforma político-partidária, que ainda pretende estudar detalhadamente, e a reforma tributária, para ele "um dos temas mais complexos que existem".- É também um tema apaixonante, já que todos falam da necessidade de se mudar o sistema tributário nacional - afirmou.O senador defende a discussão de um novo pacto federativo. Ele presume que os estados tenham muitas sugestões a apresentar, e afirmou que "há até espaços para que se possam discutir novos temas". Mas entende que deve haver uma discussão preliminar.- Todo mundo tem de fazer um grande esforço para pagar o que ficou acertado. Acho que a chamada discussão de um novo pacto federativo não deve, de forma nenhuma, justificar que alguns estados simplesmente esqueçam suas obrigações - defendeu.Para Paulo Souto, a crise é séria, mas o país pode sair dela. Ele defendeu a continuidade do trabalho integrado entre os poderes Executivo e Legislativo. - Não vai ser uma coisa fácil, mas não podemos perder essa conquista tão grande que foi a moeda forte, a estabilidade, que agora pode ser ameaçada pela possibilidade da volta da inflação. Acho que o governo está atento a isto e o Congresso também tem de estar, para que possamos partir para novos programas de desenvolvimento do Brasil - concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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