O aluno deve usar todo o seu potencial, diz orientadora

Sergio Vieira | 25/04/2017, 09h49

A orientadora educacional do colégio Elefante Branco, uma das maiores escolas públicas de ensino médio de Brasília, Lúcia Helena Marques, defende que a presença efetiva da psicologia no ambiente escolar melhoraria o desempenho dos estudantes na escola e na vida.

Você sente que o jovem hoje tem sentido mais necessidade de apoio psicológico?

Lúcia Helena — Com certeza. Hoje os estudantes têm que lidar com muitas pressões que se tornaram inerentes à vida social, e a escola acaba se tornando mais um peso. Se eles contassem com profissionais para ter apoio psicológico dentro da escola, poderiam descobrir e aproveitar melhor seu potencial. Com certeza iriam melhor tanto na vida acadêmica quanto na vida social. E facilitaria a convivência nas famílias, porque há também nelas uma grande desestrutura.

Quais são os principais problemas com que as escolas têm que lidar?

No ensino médio estão geralmente adolescentes de 14 a 19 anos, e sabemos que essa é uma fase de transição entre a infância e a vida adulta, em que eles querem experimentar, testar, conhecer tudo. Aliás, conhecem tudo. Dentro da escola, passam por problemas de bullying, uso indevido de drogas, acabam enveredando para o alcoolismo.

Temos casos de famílias que não conseguem mais controlar. Os pais chegam na escola e falam, “deem um jeito para mim”. Mas o orientador educacional não tem poder nem formação para isso. Esses problemas individuais e familiares acabam afetando muito o desempenho acadêmico do adolescente e acabamos precisando atender até as famílias.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)