Defesa deve pedir votações distintas para perda do mandato e de direitos políticos

29/08/2016, 08h11

O advogado de defesa de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, não descarta solicitar duas votações no momento da decisão sobre o futuro da presidente afastada. Ele entende que, na pergunta a ser feita ao Plenário pelo presidente do Supremo Tribunal Federal e do processo de impeachment, Ricardo Lewandowski, o trecho que trata da inelegibilidade deveria ser separado. Pelo rito, os senadores votarão segundo a seguinte a orientação a ser lida pelo magistrado: “cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados, e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?”. Cardozo explicou que o ex-presidente Fernando Collor foi submetido a processo específico para a perda dos direitos políticos. Mas o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), antecipou que a oposição não aceitará a proposta de duas votações por entender que a perda dos direitos políticos por oito anos é consequência do impeachment. Reportagem de Hérica Christian, da Rádio Senado.



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