Jovens senadores pensam em seguir carreira política


O Projeto Jovem Senador foi criado para estimular o exercício da cidadania e a reflexão dos estudantes sobre a democracia e a formação das leis. Centenas de adolescentes tiveram o seu primeiro contato com a atuação política por meio do programa desde sua primeira edição em 2011. Este ano, alguns vencedores revelaram interesse em participar de maneira mais direta da política e, quem sabe, concorrer a um cargo eletivo no futuro.

“Confesso que comecei a pensar mais na possibilidade de aumentar minha participação na política devido ao envolvimento com o projeto Jovem Senador”. É o que diz a estudante Sanna Abigail de Jesus Mello, que conquistou o terceiro lugar nacional no concurso de redação do Senado e vai representar o Espírito Santo este ano no Jovem Senador. Para ela, uma das maiores dificuldades da educação no Brasil está na aplicação dos recursos: “para enfrentar esse problema, pretendo construir mecanismos que aprimorem as condições de transparência e ampliem os meios de fiscalização das verbas públicas na área”, explica.

O estudante Pedro Henrique de Araujo Silva, jovem senador de Alagoas e primeiro lugar no concurso de redação, afirma que, até agora, não havia refletido sobre a possibilidade de atuar na política. “Creio que a participação no projeto Jovem Senador contribuirá efetivamente para despertar o meu interesse por esse tipo de atuação”, explica. Durante os cinco dias que estará em Brasília como jovem senador, ele deve sugerir propostas que possam melhorar a segurança pública no Brasil.

Matheus Barbosa Alves, que representa o estado de Roraima, é outro estudante que também quer seguir a carreira política. Como jovem senador, pretende sugerir propostas na área de saúde. Na opinião dele, a legislação brasileira impõe barreiras para o desenvolvimento de pesquisas com células tronco embrionárias: “precisamos de avanços nesta área para que o Brasil possa acompanhar o nível de outros países relacionados ao tema”, acrescenta Matheus.

A jovem senadora de Santa Catarina, Thalita Pacher, acredita que a passagem pelo programa pode abrir novos horizontes na sua carreira: “no momento não pretendo atuar na política, mas, futuramente, com a experiência que irei adquirir no Senado, junto com a graduação em Ciências Econômicas, talvez mude de ideia”. Thalita quer sugerir projetos que possam despertar nos jovens o olhar para a compreensão do sistema de impostos no Brasil e para as questões políticas, econômicas e financeiras do país.

A falta de leitura nas salas de aula e de conhecimento de autores regionais é o que deve levar o jovem senador do Pará, Breno Sanches Viana, a sugerir projetos que estimulem os alunos a melhorar a interpretação de textos. “É preciso que, desde o ensino infantil, a escola promova, nas salas de aulas ou bibliotecas, atividades de leitura dinâmica para as crianças com livros de diferentes gêneros literários e de autores regionais”, explica o estudante. Breno acredita que o hábito da leitura pode melhorar o domínio da linguagem, aumentar a criatividade, enriquecer o vocabular e potencializar o poder de concentração dos jovens.

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