Fim da aprovação automática de alunos pode ser votado amanhã

Jornal do Senado

o projeto que acaba com a aprovação automática de alunos nos ensinos fundamental e médio pode ser votado amanhã pela Comissão de educação (Ce). o PlC 127/2017 já possui relatório favorável do senador José Medeiros (Pode-MT), que concorda com o fim da aprovação de estudantes com notas insuficientes: — a progressão continuada foi implementada no Brasil sem que houvesse uma mudança estrutural e pedagógica no sistema que sustentasse esse modelo. ela se transformou em aprovação automática dos alunos, que avançam os ciclos sem estarem prontos, até que terminem seus estudos sem estarem preparados para o mercado de trabalho e para a vida. a lei de Diretrizes e Bases da educação nacional (lDB) determinou que os alunos do ensino fundamental e médio cursem o ano seguinte ainda que não tenham atingido as notas mínimas para aprovação. Pela lei, a reprovação só pode ocorrer ao fim de um ciclo, que compreende mais de um ano letivo ou série. na avaliação de Medeiros, esse sistema está causando uma decadência na qualidade da formação dos estudantes: “nosso país está deixando de crescer em razão da falta de qualidade na formação de nossos estudantes. não é à toa que os resultados das avaliações de desempenho dos estudantes são vergonhosos e o Brasil ocupa uma das piores posições na avaliação mundial de educação, o Pisa [sigla em inglês para Programa internacional de avaliação de estudantes]. em 2015, entre 70 nações avaliadas, o Brasil ficou em 63º em ciências, 59º em leitura e 65º em matemática”, afirma o relator da proposta na Comissão de educação. o PlC 117/2017 foi apresentado pelo deputado alexandre leite (DeM-sP) em 2014 e aprovado pela Câmara em 2017. a proposta chegou ao senado em outubro daquele ano, onde passou a tramitar em conjunto com o Pls 336/2017, do senador Wilder Morais (DeM-Go), que trata do mesmo tema. Orçamento Também está prevista na pauta da Ce de amanhã a elaboração de emendas ao orçamento da União de 2019 (Pln 27/2018) que beneficiem universidades públicas.


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